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Evento com Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes em SP tem “tomataço” e confusão

SP - PROTESTO-MINISTROS-STF-SEMINÁRIO - GERAL - Manifestantes jogam tomates em veículos na chegada dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ao XXVI Encontro Nacional de Direito Constitucional, realizado no Auditório da Faculdade de Direito do IDP, em São Paulo (SP), na manhã deste sábado (28). 28/10/2017 - Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A acadêmica Amélia Regina Coelho foi retirada pela Polícia Militar de um evento com a presença dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre Morares na manhã deste sábado, 28, em São Paulo.

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A “acusação” contra Amélia foi carregar três sacolas com papéis, lanche e água. A PM foi acionada por seguranças que se identificaram como estando a serviço de “uma autoridade”. Todos os inscritos para assistir às palestras dos ministros no XXVI Encontro Nacional de Direito Constitucional passaram por processo de inscrição e revista, antes de entrar no auditório onde estariam Mendes e Moraes. Do lado de fora, um grupo de três manifestantes fez um “tomataço” contra Gilmar Mendes.

Os seguranças que pediram a saída de Amélia do evento não justificaram o motivo pelo qual a acadêmica foi impedida de acompanhar o evento. Um deles, que não se identificou, disse que ela estava ali para atrapalhar e não para participar do evento.

A policial militar que conduziu Amélia para fora também não explicou o motivo da retirada da mulher. Os seguranças ofereceram à acadêmica a opção de deixar as sacolas em outro lugar mas ela recusou a oferta. Em vez disso, esvaziou os volumes dentro do auditório. Nas sacolas ela carregava diversos papéis, livros, revistas, um sanduíche, uma maçã e duas garrafas pequenas de água. “Tenho muita sede”, disse ela.

A expulsão da mulher provocou reações na plateia do evento. Alguns defendiam o direito dela continuar no auditório, outros pediam sua saída argumentando que estava atrasando o início das palestras.

Sem comentários

Na chegada, Gilmar Mendes não quis comentar a expulsão da acadêmica mas falou sobre o “tomataço”. “Deviam doar (os tomates) para alguma entidade beneficente”, disse o ministro.

O ministro conseguiu entrar no local do evento sem ser visto pelos manifestantes. Os três realizadores do “tomataço” chegaram a jogar as frutas em um carro preto com vidros fumê, pensando que se tratava do ministro. Depois, diante de um boato de que o carro era de Moraes, o ex-empresário Ricardo Rocci disse: “Tudo bem, ele também merece.”

Na verdade, o carro não era nem de Mendes nem de Moraes. Além dos tomates eles carregavam um megafone no qual xingavam Mendes com palavras como “pilantra” e “desonesto” e citavam manifestações de militares, entre eles o general Hamilton Mourão, sobre a atuação do ministro do STF. Uma delas usava uma camiseta com um desenho da presidente cassada Dilma Rousseff e a palavra “Pinóquia”.

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