Ex-delegado Protógenes Queiroz tem prisão decretada por vazamento de informações da Operação Satiagraha

O pedido foi aceito pela Justiça, que agora procura incluir Protógenes na lista de foragidos da Interpol e bloquear seu passaporte

  • Por da Redação
  • 02/04/2024 08h29 - Atualizado em 02/04/2024 10h40
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ANDRE DUSEK/AGÊNCIA ESTADO/AE Protógenes Queiroz é ex-delegado da Polícia Federal e ex-deputado

O ex-delegado da Polícia Federal e ex-deputado Protógenes Pinheiro de Queiroz teve sua prisão decretada pelo juiz Nilson Martins Lopes Junior, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, nesta terça-feira (2). A decisão também incluiu o pedido para que o nome de Queiroz seja adicionado à lista vermelha de procurados da Interpol. O banqueiro Daniel Dantas acusa o ex-investigador de violar o sigilo funcional ao vazar informações da Operação Satiagraha, da qual foi alvo em 2008. A decisão judicial assinada em 18 de março. O banqueiro Daniel Dantas acusa Queiroz de repassar informações sobre diligências a jornalistas em seis ocasiões. Desde 2019, a ação se arrasta na Vara Federal devido à dificuldade de citar o réu, que vive na Suíça desde 2015, alegando asilo político concedido pelo governo suíço.

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Com tentativas fracassadas de citar Queiroz, a equipe jurídica de Dantas e o Ministério Público Federal solicitaram a prisão preventiva do réu. O juiz Nilson Martins Lopes Junior afirmou que o crime imputado ao ex-delegado tem pena superior a 4 anos de prisão e destacou a existência de “prova do crime e indícios de autoria”. O magistrado ressaltou a dificuldade em localizar Queiroz e determinou o bloqueio do passaporte do réu. A Operação Satiagraha, comandada por Protógenes Queiroz em 2008, resultou na prisão de Daniel Dantas, Celso Pitta, Naji Nahas e outras 14 pessoas suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações tiveram início quatro anos antes, como desdobramento do caso do mensalão. Protógenes foi afastado da operação por vazamento de informações à imprensa e realização de escutas ilegais com agentes da Abin. Em 2010, foi condenado a três anos e quatro meses de prisão, pena posteriormente convertida em prestação de serviços comunitários.

Publicada por Heverton Nascimento

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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