Fachin determina e Rocha Loures é preso pela Polícia Federal nesta manhã

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 03/06/2017 08h38
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Rodrigo Rocha Loures e Michel Temer

Divulgação/Rodrigo Rocha Loures DIV - Rodrigo Rocha Loures e Michel Temer-

A Polícia Federal informou que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), aliado do presidente Michel Temer (PMDB), foi preso neste sábado, 3, por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A prisão ocorreu nesta manhã em Brasília. O ex-deputado se encontra na Superintendência Regional da PF na capital federal. Segundo a PF, não há previsão, neste momento, de transferência.

Rocha Loures e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram gravados pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, em negociação de pagamento de propina. Depois, ambos foram alvos de ações controladas pela Procuradoria-Geral da República. Em um dos vídeos gravados pela Polícia Federal, Rocha Loures aparece “correndo” após ter recebido uma mala com R$ 500 mil (relembre a cena no final do vídeo mais abaixo).

O processo de Loures continua no Supremo, uma vez que outras pessoas com foro privilegiado são acusadas na mesma ação penal. Para o procurador-geral Rodrigo Janot, “recebeu com naturalidade, em nome de Michel Temer”, oferta de propina do empresário Joesley Batista, da JBS. Janot se refere a uma propina de 5% que teria sido acertada com Loures sobre o benefício econômico a ser auferido pelo Grupo J&F, especificamente em favor da EPE Cuiabá.

A comentarista Jovem Pan Vera Magalhães antecipou nesta sexta (02) que Janot deve denunciar em breve o próprio presidente da República Michel Temer (veja no vídeo abaixo). Para que Temer se torne réu, no entanto, a Câmara dos Deputados deve autorizar a abertura do processo por aprovação de ao menos dois terços de seus membros.

A prisão de Rocha Loures havia sido pedida pelo procurador-geral da República na Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato. A captura de Rocha Loures foi negada por Fachin. O ministro do STF havia alegado a imunidade parlamentar de Rocha Loures para não autorizar a prisão.

O ex-assessor de Temer havia assumido o mandato de deputado federal no lugar de Osmar Serraglio (PMDB-PR) que foi ao Ministério da Justiça. Após ser deposto da Justiça, Serraglio decidiu recusar a oferta de Temer para virar ministro da Transparência e reassumir o seu mandato.

Após Rocha Loures perder a prerrogativa do foro privilegiado, já que Osmar Serraglio havia voltado à Câmara, Janot, então, pediu a reconsideração da prisão do aliado de Temer.

Na semana passada, Janot já havia pedido para Fachin reconsiderar a decisão tanto relativa a Rocha Loures quanto ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

Para o procurador-geral da República, a prisão dos dois é “imprescindível” para garantia da ordem pública e instrução criminal, diante de fatos gravíssimos que teriam sido cometidos pelos parlamentares.

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