Fachin homologa acordo de delação de Sérgio Cabral
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta quarta-feira (5) o acordo de delação premiada do ex-governador Sérgio Cabral com a Polícia Federal (PF). Cabral está preso há três anos e suas penas somadas chegam a mais de 280 anos.
A delação de Cabral, cuja negociação começou neste ano, inclui ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), outros magistrados e políticos. O caso foi remetido ao Ministério Público Federal (MPF), informou O Antagonista. Cabral é réu em mais de 20 processos na Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Os depoimentos do ex-governador, no entanto, devem permanecer em sigilo. A homologação da delação pelo STF contraria um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que havia se manisfestado contrária ao acordo.
A partir da homologação, a PGR deve analisar quais frentes de investigações vão ser traçadas a partir das revelações de Cabral. Luiz Fernando Pezão, outro ex-governador do Rio que também esteve preso e foi solto em dezembro pelo STJ, em depoimento neste mês, afirmou que seu ex-aliado tem esquema para prejudicá-lo.
Em um de seus depoimentos, Cabral afirmou que Pezão participou do esquema de propina no governo estadual “desde o primeiro instante”, ou seja, desde a eleição que levou Cabral ao Palácio Guanabara, em 2007. Pezão nega as acusações.
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