O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, rejeitou nesta segunda-feira (29) suspender a ação penal contra o ex-presidente Lula que corre na Justiça Federal do Paraná. A ação apura suposta propina recebida da Odebrecht.
A ação está em fase final. No começo deste mês o juiz federal Sérgio Moro juntou trechos de depoimento da delação do ex-ministro Antonio Palocci. Ele afirmou que o fez para avaliar a pena de Palocci no caso.
O pedido da defesa de Lula era para paralisar o processo até que o Comitê de Direitos Humanos da ONU julgue de forma definitiva se houve conduta irregular contra Lula por parte de Moro.
Em maio deste ano, o comitê das Nações Unidas deu liminar para que o Brasil garantisse os direitos políticos de Lula até que saísse uma decisão definitiva. Entretanto, o TSE rejeitou o registro da candidatura de Lula por considerar que ele estava inelegível. Por maioria, o TSE entendeu, neste caso, que a decisão do comitê não era vinculativa.
No mesmo pedido para suspender a ação penal, a defesa do ex-presidente pediu ainda a retirada das delações de Palocci do processo. Para os advogados, Moro teria tentado influenciar as eleições ao anexar a delação poucos dias antes do primeiro turno.