Farmacêutica irá pedir autorização à Anvisa para realizar testes de vacina da Índia contra a Covid-19

Agência brasileira exige que testes da fase 3 sejam feitos no Brasil para aprovar a utilização dos imunizantes

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2021 16h23
Amit Dave/Reuters Imagem de um enfermeiro de costas colocando a dose da Covaxin em uma seringa A Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) afirmou que o processo para a aquisição de 5 milhões de doses da Covaxin estava “bem encaminhado”

A Precisa Medicamentos irá pedir a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realizar testes clínicos da fase 3 da vacina Covaxin. A empresa é a representante da indiana Bharat Biotech no Brasil. A informação foi confirmada pela Jovem Pan. Para conseguir ser aprovada para o uso emergencial no Brasil, a vacina precisa ser testada no Brasil, assim como aconteceu com a Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela Sinovac, e a vacina da Universidade de Oxford, feita em parceria com a AstraZeneca em parceria com a Fiocruz.

Estudos clínicos realizados na Índia, país em que o imunizante é desenvolvido e produzido, mostraram que a vacina não gera efeitos colaterais. A aprovação para uso emergencial no país aconteceu no dia 3 de janeiro. Através de uma nota, a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) afirmou, no dia 13 de janeiro, que o processo para a aquisição de 5 milhões de doses da Covaxin estava “bem encaminhado” e que será feito quando o imunizante for registrado de forma definitiva no Brasil.

Isso permitirá que cerca de 300 clínicas que são associadas à ABCVAC possam firmar acordos individuais com a empresa indiana para comprar doses. A associação também afirmou que é favorável a aumentar o número de pessoas vacinadas seguindo a legislação vigente. “Somos favoráveis a toda e qualquer possibilidade de aumentar o número de pessoas vacinadas no Brasil, desde que cumpridas as regras sanitárias vigentes e desde que o planejamento de vacinação no setor público não seja prejudicado”, diz o comunicado da ABCVAC emitido no dia 26 de janeiro. Durante transmissões realizadas em suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que não irá interferir na negociação e aquisição de vacinas contra a Covid-19 pelo setor privado.

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