Fiocruz pagará quase R$ 60 milhões por vacinas contra Covid-19 vindas da Índia

Ao todo, 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca devem ser enviadas ao Brasil na próxima semana

  • Por Jovem Pan
  • 05/01/2021 18h47 - Atualizado em 05/01/2021 20h16
EFE/EPA/OXFORD UNIVERSITY Dose de vacina em primeiro plano. Ao fundo, uma pessoa sendo vacinada Vacina de Oxford desenvolvida na Índia deve ser enviada ao Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nota na tarde desta terça-feira, 5, informando que as negociações com o Instituto Serum, que produz vacinas contra a Covid-19 com tecnologia da Universidade de Oxford na Índia, estão avançadas e o país deve entregar 2 milhões de doses ao Brasil em breve. Segundo o comunicado, cada vacina será comprada por US$ 5,25, o equivalente a R$ 27,61 segundo o valor de fechamento do dólar nesta terça-feira. Com isso, todas as 2 milhões de doses devem ser adquiridas pelo valor de R$ 55,2 milhões. “A Fiocruz aguarda o recebimento de informações da AstraZeneca e do Instituto Serum relativas à produção e ao controle de qualidade da vacina para submeter formalmente o pedido de autorização de uso emergencial da vacina à Anvisa. A expectativa é de que o pedido seja realizado ainda esta semana”, diz trecho da nota.

Somando o valor das doses individuais de acordo com a cotação atual do dólar, os custos com etiquetas, bulas, transporte e armazenamento dos imunizantes, o investimento total da Fiocruz será de R$ 59,4 milhões. O comunicado ocorre poucas horas após o Ministério da Saúde informar que a vacinação com os imunizantes vindos da Índia devem ocorrer no mês de janeiro e desmente uma informação dada pelo dono do Instituto Serum no domingo. Segundo Adar Poonawalla, a Índia barrou a exportação dos imunizantes produzidos pelo laboratório para que eles pudessem ser utilizados emergencialmente na população do país asiático. Em entrevista ao jornal “India Today”, ele afirmou que o governo do país planejava permiti a exportação da chamada “CovidShield” entre os meses de março e abril.

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