Com prints , Frota volta a denunciar ‘gabinete do ódio’ na CPMI das fake news

Deputado apontou três assessores pessoais que trabalhariam dentro do Planalto para espalhar mensagens pró-Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 30/10/2019 20h10 - Atualizado em 31/10/2019 07h25
Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo frota-cpi-fake-news Frota levou prints para sustentar suas acusações da existência do "gabinete do ódio"

O deputado federal Alexandre Frota, eleito pelo PSL e recentemente filiado ao PSDB, prestou depoimento nesta quarta-feira (30) na CPMI das fake news. Com prints de postagens nas redes sociais de políticos – como Carlos Bolsonaro (PSC) – e do filósofo Olavo de Carvalho, o parlamentar voltou a denunciar o “gabinete do ódio”.

Em sua fala, ele criticou a família Bolsonaro e apontou três assessores pessoais que trabalhariam dentro do Palácio do Planalto para espalhar mensagens pró-governo e ataques a adversários. Segundo Frota, o presidente protege e financia “terroristas virtuais”.

“Vem de dentro do Palácio do Planalto os três personagens que vieram das redes bolsonaristas e tiveram oficializadas as suas redes de ataque com dinheiro público. E quem coordena? Carlos Bolsonaro. Direto do Rio de Janeiro, ele coordena realizando reuniões e disparando via WhatsApp os seus comandos”, afirmou.

Essas três pessoas a que Frota se refere são Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus Salles Gomes e Mateus Matos Diniz, que já têm requerimentos de convocação aprovados para que prestem esclarecimentos na CPMI. O tucano também falou no nome do assessor internacional de Bolsonaro, Filipe Martins, que será investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com Frota, esses assessores comandam “milícias digitais” e controlam “perfis falsos em excesso”. Eles são integrantes do chamado “gabinete do ódio”, grupo próximo ao presidente e que atua nas suas redes sociais.

Queiroz

Alexandre Frota disse ainda que o próprio presidente Jair Bolsonaro pediu a ele que não falasse sobre as investigações envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente.

De acordo com relato do parlamentar tucano, Bolsonaro pegou ele pelo braço em uma reunião no Planalto e alertou “cala essa matraca, p…!”, em referência a discursos feitos por ele no Plenário da Câmara.

Discussão com Eduardo

O deputado também trocou farpas com Eduardo, filho “02” de Bolsonaro, durante o depoimento. Recentemente, Frota foi expulso do PSL por fazer diversas críticas ao presidente da República.

Eduardo iniciou sua fala dizendo que “só a presença de Frota é um escárnio na sociedade”. Em seguida, afirmou que o deputado propagou fake news na própria CPMI, ao mostrar um print de um post do filósofo Olavo de Carvalho, que ele desmentiu que tenha escrito.

A discussão ficou acalorada e os deputados trocaram xingamentos. Em um momento, Eduardo chegou a dizer que Frota “era menos promíscuo quando só fazia filme pornô”, ao que o outro rebateu: “E você assistia muito né?”.

Confira:

* Com informações do Estadão Conteúdo

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