Funcionária usa guardanapo para denunciar assédio sexual de chefe em Santa Catarina

Jovem de 19 anos relata que o dono do estabelecimento ainda ofereceu drogas e dinheiro em troca de relações sexuais; bilhete foi encontrado por um casal que pediu comida via delivery

  • Por Jovem Pan
  • 31/05/2021 10h29 - Atualizado em 31/05/2021 19h50
Divulgação/Guarda Municipal de Chapecó Imagem com um pedido de socorro de uma cozinheira que alega ter sido assediada pelo patrão Suposta vítima escreveu um bilhete em um guardanapo e enviou o pedido de socorro na embalagem da comida

Uma funcionária de um restaurante utilizou um guardanapo para enviar um pedido de socorro a clientes do estabelecimento na noite de sexta-feira, 28, em Chapecó, em Santa Catarina. Um casal que havia recebido a entrega via delivery, encontrou o bilhete e acionou a Guarda Civil do município por volta das 00h30. “Por favor, chame a polícia nesse endereço. Meu chefe está me assediando e está tentando me drogar. Sou cozinheira. Por favor, não é brincadeira”, dizia a mensagem. A suposta vítima, uma jovem de 19 anos, relatou à Guarda Civil que havia sido assediada pelo dono da lanchonete, que ainda ofereceu drogas e dinheiro em troca de relações sexuais. De acordo com a vítima, o chefe teria passado a mão em suas pernas e pescoço e oferecido cocaína à jovem. Depois da negativa, novamente lhe ofereceu drogas e R$ 150,00 para cada vez que dormisse com o mesmo. Neste momento, a jovem alega que o chefe a agarrou e tentou levá-la para o quarto, mas ela conseguiu se desvencilhar.

Ela afirma que o dono do local não desistiu e ainda tentou drogá-la sem seu consentimento, colocando o que descreveu como um “produto branco” dentro de um um copo de vinho com Coca-Cola. Durante as buscas no estabelecimento, a Guarda Municipal localizou, em um quarto, duas buchas contendo substância semelhante a cocaína. O copo contendo Coca-Cola também foi apreendido pelos guardas. A vítima e suposto autor, então, foram conduzidos até a Central de Plantão Policial, onde foi lavrado o boletim de ocorrência. Como não houve flagrante, a prisão do suposto assediador não foi executada. Será instaurado um inquérito policial para apurar os fatos e a denúncia da vítima.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.