Gestão de Crivella deixou 720 famílias sem vale alimentação estudantil
Levantamento feito pela Defensoria Pública aponta, ainda, que outras 418 famílias responsáveis por mais de uma criança receberam o repasse referente a apenas uma delas
A gestão de Marcelo Crivella (Republicanos) deixou 720 famílias do Rio de Janeiro descobertas do vale alimentação estudantil previsto para o mês de dezembro, segundo levantamento realizado pela Defensoria Pública. O auxílio, firmado em maio de 2020, previa o pagamento de R$ 52,25 em cartões distribuídos às famílias responsáveis por crianças matriculadas em escolas da rede municipal. Ele foi criado para garantir a alimentação dos alunos durante a pandemia do novo coronavírus, já que em tempos normais eles tomam café da manhã e almoçam nas escolas.
Em prisão domiciliar desde dezembro, Crivella está sendo acusado de liderar uma organização criminosa que teria arrecadado R$ 53 milhões. Agora, a Justiça também analisará o estudo feito pela Defensoria Pública entre os dias 5 e 7 de janeiro, que ouviu 1909 famílias. O documento aponta que a gestão do ex-prefeito deixou 720 famílias totalmente descobertas do vale alimentação estudantil, sendo que outras 418 famílias responsáveis por mais de uma criança receberam o repasse referente a apenas uma delas. Também existem denúncias de que alguns depósitos foram feitos com valores menores que os R$ 52,25 estipulados.
A Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou à Justiça que R$ 22.460.639,25 foram destinados ao auxílio no mês de dezembro e a Procuradoria Geral do Município pediu que as multas cobradas pelo atraso fossem suspensas tendo em vista as dificuldades financeiras do município. Já a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro informou que 2% dos cartões não receberam a recarga porque houve “problema de processamento junto à fornecedora dos cartões”. A atual gestão está apurando a situação para que nenhum aluno seja prejudicado.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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