Gilmar Mendes diz que votação da Câmara traz “estabilidade para o País”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/08/2017 13h03
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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Agora, o ministro acredita que vai ser possível que os parlamentares aprofundem as discussões sobre a reforma política

Um dia depois de a Câmara dos Deputados rejeitar a autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse nesta quinta-feira (3) que a decisão dos deputados traz estabilidade para o País.

“Isso é uma questão da competência da Câmara. O sistema de ‘checks and balances’ (sistema de freios e contrapesos) está funcionando”, disse Gilmar Mendes a jornalistas, depois da sessão plenária do TSE na manhã.

Indagado pelo Broadcast Político se a decisão da Câmara traz estabilidade, o ministro foi enfático: “Com certeza. Essas questões têm de ser definidas, porque isso gera instabilidade”.

Na avaliação de Gilmar Mendes, desde maio, quando veio à tona a delação do grupo J&F, o Brasil passa por um quadro de crise, com as atenções voltadas para um cenário “jurídico-político-policial”. Agora, o ministro acredita que vai ser possível que os parlamentares aprofundem as discussões sobre a reforma política.

“Vamos poder concentrar energia nesse tema, que é prioritário”, comentou Gilmar.

Governança

O presidente do TSE destacou que o País vive uma instabilidade, ressaltando que dos presidentes eleitos desde a Constituição de 1988, só dois terminaram o mandato – Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Precisamos pensar hoje se nós temos um modelo adequado de governança, de governabilidade e precisamos encontrar meios e modos de não instabilizarmos a democracia”, afirmou Gilmar.

Questionado se a nova denúncia a ser apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer poderia trazer instabilidade, o presidente do TSE limitou-se a dizer: “Vamos aguardar. Depois da denúncia, a gente comenta.”

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