Gleisi Hoffmann participa da posse de Maduro na Venezuela e recebe críticas na web: ‘Esquerda delirante’

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2019 14h54 - Atualizado em 10/01/2019 14h56
Dida Sampaio - Estadão Conteúdo - 13/12/2018 Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann "O que o PT precisa para admitir que a Venezuela não é uma democracia?", questionaram os internautas

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, viajou para a Venezuela para participar, nesta quinta-feira (10), da posse de Nicolás Maduro em seu segundo mandato como presidente. Nas redes sociais, os internautas fizeram uma série de críticas à postura do partido e o nome da senadora entrou para os trending topics, os tópicos mais comentados do Twitter.

“O desgosto que me dá com a Gleisi Hofman indo na posse do Maduro, pelamor. O que o PT precisa para admitir que a Venezuela não é uma democracia?”, questionou um internauta.

“Eu tô só lembrando do tanto de gente que me falou, durante a eleição, que não votaria no PT por causa das declarações e ações da Gleisi. Ela é o rosto dessa ‘esquerda’ delirante e estadista, tão certa de si que é incapaz de compreender o quanto está distante do povo”, completou outro.

“É incrível como o PT se mostra cada vez mais distante da realidade, de esquerda ou não, se alinhando a governos que instituições internacionais já apontaram violações de direitos humanos é injustificável”, afirmou mais um.

Maduro foi reeleito em maio do ano passado com quase 70% dos votos. A eleição, porém, foi boicotada pela oposição, teve alta abstenção e muitas denúncias de fraude. A posse do presidente aconteceu pela primeira vez no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), diante do Judiciário e não do Parlamento, já que esse último teve as competências cassadas por autoridades chavistas logo após a oposição tomar a maioria da Assembleia Nacional nas eleições parlamentares de 2015.

Também participaram da cerimônia grupos de líderes de Bolívia, Cuba, El Salvador e Nicarágua.

“Apoio ao povo da Venezuela”

Também nas redes, Gleisi compartilhou um texto em que explicou os motivos pelos quais decidiu ir à Venezuela. De acordo com ela, a intenção foi “apoiar o povo do país” e ao mesmo tempo “rechaçar a posição agressiva do atual governo brasileiro contra eles”.

“É inaceitável que se vire as costas ou se tente tirar proveito político quando uma nação enfrenta dificuldades. Trata-se de um país que tem relações diplomáticas e comerciais importantes com o Brasil. Impor castigos ideológicos aos venezuelanos também resultará em graves problemas imigratórios, comerciais e financeiros para os brasileiros”, diz. “Reconhecemos o voto popular pelo qual Nicolás Maduro foi eleito, conforme regras constitucionais vigentes, enfrentando candidaturas legítimas da oposição democrática.”

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