Governador diz que mais pessoas podem ser responsabilizadas por ataques no Espírito Santo

Atentados deixaram quatro mortos; autor do crime afirma não haver terceiros envolvidos nas ações

  • Por Jovem Pan
  • 27/11/2022 23h23 - Atualizado em 27/11/2022 23h32
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Reprodução/Twitter/@choquei Atirador no Espírito Santo Atirador atacou duas escolas, matou ao menos quatro pessoas e feriu outras 11, em Aracruz, no Espírito Santo

O Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse neste domingo, 27, que não descarta a possibilidade de haver outras pessoas envolvidas nos ataques realizados contras duas escolas na sexta-feira, 25, em Aracruz, que deixou quatro mortos e 18 feridos. “Por mais que a gente queira identificar tudo rapidamente, a investigação é que vai dizer se há mais responsáveis, se o uso da arma teve alguma responsabilidade do policial, que, naturalmente, estava com sua arma em casa”, explicou. O policial citado pela autoridade é o pai do menino. Casagrande também falou que as investigações também vão dizer como o jovem de 16 anos tinha tanta habilidade com as armas e como conseguiu carregar e recarregar. Apesar da declaração do menino, o governador disse que não é o suficiente para a polícia. O autor do crime nega envolvimento de outras pessoas e garante que fez tudo sozinho. “Hoje já temos acesso ao telefone e aos computadores dele, além do interrogatório. É o processo que vai mostrar se ele tinha vínculo com algum grupo de fora, neonazista ou fascista. O que está bem claro é que ele sabia manusear muito bem as armas e que planejou a sua ação”, comentou. Questionado sobre como fica o pai do atirador, ele declarou que ainda não se sabe se ele será responsabilizado, e ressaltou que todo mundo sabe que quem tem arma em casa precisa tomar cuidados para que ninguém a use, principalmente um menor. Casagrande também disse que o jovem pode ser preso, mas que tudo vai depender de uma avaliação psicológica, psiquiatra e das condições dele. “Temos uma legislação federal que tem que ser cumprida. Manter esse adolescente internado e, depois dos 18 anos, privado de sua liberdade é o que o estado tem de fazer para proteger a sociedade.” O menor vai responder por ato infracional de homicídio e homicídio qualificado.

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