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Governador do Amazonas diz que é ‘praticamente impossível’ impedir assassinatos de presos

Fachada do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) em Manaus

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), disse que é “praticamente impossível” aumentar a segurança nas unidades prisionais e impedir que novos presos sejam assassinados. A declaração foi feita em entrevista ao “O Estado de S. Paulo” na noite desta segunda (27), dia em que foram registradas outras 40 mortes em prisões no estado.

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“É praticamente impossível você impedir uma situação dessas, porque foram detentos do mesmo pavilhão. Inclusive, no domingo, os detentos foram encontrados mortos dentro das celas. Eram parceiros do crime. Como eu vou evitar uma morte dessas? O que eu garanto é que o sistema está controlado. Não houve nenhuma fuga, nenhum agente penitenciário ferido, nenhum policial ferido. Nós já abrimos um inquérito para investigar quem foram os responsáveis por essas mortes. Estamos agora identificando os possíveis líderes, estamos separando, tirando dessas unidades prisionais”, disse.

Questionado se as celas dos presídios em questão são precárias, o governador confirmou. “Em todos os estados no Brasil, as unidades prisionais sofrem com o mesmo problema: superlotação. E é muito complicado aportar recursos para construir, por exemplo, presídios. Os estados estão quebrados e o País tem outras prioridades. Como é que eu vou conseguir recurso para isso?”, perguntou.

Sobre a crise no Amazonas

Após a morte de 55 detentos em menos de 48 horas, o governo decidiu separar os mandantes do massacre em presídios federais. O Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus,  foi palco de uma chacina neste domingo (27) que deixou 15 detentos mortos. Na segunda, o governo confirmou que mais 40 pessoas foram encontradas mortas dentro de celas de três estabelecimentos prisionais.

Além das vagas em presídios federais, o governo Jair Bolsonaro decidiu enviar um reforço de segurança ao Amazonas. Sergio Moro confirmou o envio de tropas da Força de Intervenção Penitenciária para reforçar a segurança interna dos presídios.

*Com Estadão Conteúdo

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