Governo adia ‘Enem dos Concursos’ devido às chuvas no Rio Grande do Sul

Ministério da Gestão havia informado que provas seriam mantidas mesmo no Estado, mas mudou de ideia para não prejudicar nenhum candidato; nova data deve ser informada no prazo de suas semanas

  • Por Jovem Pan
  • 03/05/2024 14h30 - Atualizado em 03/05/2024 16h00
EVANDRO LEAL/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Enchente atinge a cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul Enchente na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul

O Concurso Nacional Unificado (CNU), popularmente chamado de “Enem dos Concursos”, teve suas provas adiadas pelo governo federal em todo o país, previstas para este domingo (5). A decisão foi motivada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que causaram alagamentos, destruição de moradias e, até o momento, resultaram em 37 óbitos. Inicialmente, o Ministério da Gestão havia informado que as provas seriam mantidas mesmo no Rio Grande do Sul. Contudo, diante da situação emergencial no estado, o governo realizou discussões internas para encontrar uma solução que não prejudicasse os candidatos. Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, 86 mil pessoas se inscreveram em dez cidades gaúchas — são cerca de 2,5 milhões de inscritos em todo o país. O objetivo principal é garantir que nenhum candidato seja prejudicado devido às condições adversas, como impossibilidade de deslocamento devido a bloqueios de acesso ou situações de emergência nas cidades. A nova data ainda não foi definida.

O adiamento deve gerar prejuízo de R$ 50 milhões aos cofres públicos, conforme tinha comentado Pimenta no programa “Bom Dia, Ministro”. “”A possibilidade de adiamento do concurso tem um custo de R$ 50 milhões. São mais de 2,5 milhões de inscritos em todo o país. A princípio, a ideia de suspender o concurso só para o Rio Grande do Sul, do ponto de vista jurídico, é muito questionável. A hipótese que existiria é a suspensão total do concurso. A não ser que haja alguma decisão judicial nesse sentido”, declarou o chefe da Secom, quando a ideia ainda era manter o concurso. À tarde, Pimenta participou de uma entrevista coletiva ao lado de Esther Dweck, ministra da Gestão, e anunciou a suspensão da prova. “A gente achava que forças federais poderiam garantir a situação. Mas o agravamento inviabilizou. Chegamos a uma solução segura para todos os candidatos. Nossa ideia é garantir que todo mundo vai realizar as provas nas mesmas condições”, disse Dweck. Segundo ela, a nova data será divulgada em duas semanas.

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O CNU é uma iniciativa inédita que reúne em uma única prova concursos autorizados para seleção de servidores públicos em diversos órgãos federais. No total, são 6.640 vagas em 21 órgãos, permitindo aos candidatos concorrerem a várias oportunidades pagando apenas uma taxa de inscrição. As provas estavam distribuídas em 3.665 locais em 228 cidades, levando em conta o CEP informado na inscrição. A grande maioria dos candidatos, 94,6%, faria as provas em locais a até 100 km de distância de suas residências, conforme informações do governo federal.

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