Governo dá sinal verde a três frigoríficos alvos da Carne Fraca

  • Por Estadão Conteúdo
  • 01/04/2017 15h32
BRA107. LAPA (BRASIL), 21/03/2017 - Vista general de la línea de producción de la compañía del grupo cárnico JBS Seara en la ciudad de Lapa, estado de Paraná, Brasil, la cual fue inspeccionada por el ministerio de Agricultura de Brasil, Blairo Maggi, hoy martes 21 de marzo de 2017. Según la policía, varias de las principales cárnicas del país, entre ellas JBS y BRF, con la complicidad de fiscales sanitarios corruptos, "maquillaron" con productos químicos carnes que estaban en mal estado y no cumplían con los requisitos para la exportación.EFE/Joédson Alves Joédson Alves/EFE Operação Carne Fraca - efe

Duas semanas depois da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, o governo deu sinal verde para que três dos 21 frigoríficos investigados voltassem a operar normalmente, depois da conclusão de um trabalho de auditoria que não encontrou problemas. São eles: Argus, de São José dos Pinhais (PR), Breyer, de União da Vitória (PR) e Frigosantos, de Campo Magro (PR).

A decisão, tomada no início da noite de sexta-feira, 31, permite que eles voltem a exportar, segundo informou ao Estado o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki E os retira do Regime Especial de Fiscalização (REF), no qual toda a produção é checada pelos fiscais antes de deixar o estabelecimento.

Esse foi o saldo das três primeiras auditorias concluídas. Há outras seis ou sete em fase final, apenas aguardando informações complementares dos frigoríficos. As demais ainda estão em curso

Só o fim de cada auditoria permite ao governo dizer, com todo o embasamento possível, que os produtos daquele frigorífico são seguros. A auditoria envolve, entre outros procedimentos, exames que detectam risco de contaminação, presença de bactérias ou o uso de substâncias proibidas. Ela também verifica se há fraudes econômicas, como o excesso de água no frango ou de amido nos embutidos. 

Os resultados que ficaram prontos até agora não indicaram nenhum risco à saúde, disse Novacki. Ele espera receber uma nova remessa de laudos na próxima segunda-feira, 3. Pelas informações preliminares que recebeu, foram encontradas novas fraudes econômicas, mas não problemas de contaminação. Ele não descartou a hipótese de novas interdições.

Exportações. Os principais mercados compradores de carne e derivados brasileiros foram reabertos ao longo das últimas duas semanas, mas um balanço divulgado na sexta-feira mostrava 18 mercados totalmente fechados ao produto brasileiro. Entre eles, estão vários países do Caribe. Por isso, está sendo programada uma reunião com embaixadores dessa região nesta semana.

Na segunda-feira, chega uma missão de técnicos da Arábia Saudita, que ficará no País por nove dias e visitará as 25 plantas autorizadas a exportar para lá. O país segue importando carne brasileira, exceto dos 21 frigoríficos alvos da operação, e reforçou sua inspeção.

Uma missão jamaicana já se encontra no País. Também há uma delegação da Coreia do Sul, que já tinha programado a vinda antes do escândalo e agora coleta informações adicionais. O país asiático está em fase de aprovação de frigoríficos que exportarão carne suína para lá.

A Agricultura enviou na semana passada informações complementares para a China, União Europeia, Japão e México. Este último é um dos grandes mercados que segue fechado. Porém, já há sinais que as compras serão retomadas assim que as informações adicionais chegarem lá.

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