Governo de São Paulo visita sede da FAO pela primeira vez e busca apoio para desenvolvimento rural sustentável
Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, apresentou as políticas públicas e os avanços sustentáveis do agro paulista e pleiteou US$200 milhões ao Centro de Investimentos da FAO
O governo de São Paulo visitou pela primeira vez a sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, na Itália. O secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, está na cidade italiana onde apresenta as políticas públicas e os avanços sustentáveis do agro paulista. Na sexta-feira (18) o secretário pleiteou US$200 milhões ao Centro de Investimentos da FAO, que trabalha diretamente com o Banco Mundial, para o projeto Agro SP +Verde da Secretaria de Agricultura, que será analisado pela Comissão de Financiamento Externo (Cofiex), no mês de novembro. “É mais de R$ 1 bilhão em prol da agricultura familiar do Estado de São Paulo, que trará desenvolvimento, emprego e renda, mas principalmente, sustentabilidade. Estamos confiantes de que será aprovado”, comemora Piai. “É a primeira vez que São Paulo participa do Fórum Internacional da FAO e isso trará muitos resultados positivos para o agro paulista”, explica.
Na reunião realizada na quarta-feira (16), na FAO, com a Comissão Europeia, o secretário apresentou as medidas adotadas em prol do agro paulista, em conformidade com o meio ambiente. “Mostramos tudo o que São Paulo está fazendo no quesito ambiental, mostramos o sistema do Cadastro Ambiental Rural, que estamos avançados, mostramos o Programa Rotas Rurais, que já foi premiado mundialmente e faz o endereçamento rural das propriedades”, disse. . A agenda foi uma grande oportunidade para buscar apoio internacional e fortalecer as ações do Governo de SP com os produtores rurais mais vulneráveis do Estado. “Demonstramos também a potência agroambiental que é São Paulo e pleiteamos uma análise regionalizada dos estados brasileiros para ver a realidade entre os estados. Nosso objetivo foi mostrar que a área preservada em São Paulo só aumenta e estamos abertos e prontos para recebermos investimentos”, acrescentou Piai.
Para o secretário, essa troca de experiências reforça a importância da cooperação internacional para enfrentar os desafios climáticos e ambientais de forma integrada. “São Paulo, com sua ambição e responsabilidade, demonstra que é possível unir desenvolvimento econômico e proteção ambiental, inspirando o Brasil e o mundo a trilhar o mesmo caminho”. Segundo dados da Fundação Itesp, o Estado de São Paulo possui atualmente 7.133 famílias, que vivem em 140 assentamentos rurais, e 1.400 famílias em 36 comunidades quilombolas. A maioria dessas famílias vive no Pontal do Paranapanema e Vale do Ribeira, consideradas as duas regiões mais pobres do Estado.
Desde o início da gestão atual, São Paulo já titulou mais de 2 mil assentados paulistas. Além disso, a Secretaria de Agricultura destinou mais de R$115 milhões para outras iniciativas de fomento à agricultura familiar, que envolvem saneamento, moradia e parcerias produtivas entre assentamentos e agroindústrias de médio porte.
No âmbito das adversidades climáticas, o governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura, assinou o decreto estadual de irrigação, que prevê a ampliação da área irrigada no estado e a disponibilização de linhas de crédito específicas para a prática, por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP).
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