Governo de SP assina contrato com Sinovac e planeja vacina para 15 de dezembro

Documento prevê a transferência da tecnologia para produção da CoronaVac e o fornecimento de 46 milhões de doses em 2020

  • Por Jovem Pan
  • 30/09/2020 12h58 - Atualizado em 30/09/2020 16h11
Flickr/Governo de São Paulo Se tudo der certo, João Doria disse que começa a vacinar profissionais da área da saúde já em 15 de dezembro

O governador do Estado de São Paulo, João Doria, assinou um contrato no valor de US$ 90 milhões com o laboratório Sinovac no início da tarde desta quarta-feira, 30. O documento prevê a transferência da tecnologia para produção da CoronaVac, potencial vacina contra a Covid-19, em São Paulo, pelo Instituto Butantan, além da previsão de fornecimento de 46 milhões de doses até dezembro de 2020. “Vamos aguardar a finalização da terceira fase de testes e a sinalização positiva da Anvisa para começar a vacinar”, disse Doria. Os testes seguem até o dia 15 de outubro. Se tudo der certo, o começo da vacinação para profissionais da área da saúde já acontece em 15 de dezembro. A coletiva contou com a presença de Weining Meng, vice-presidente da Sinovac Biotech.

Na última semana, estudos divulgados mostraram que a Covid-19 se mostrou segura e sem efeitos colaterais entre os 50 mil testados na China. “Estamos avançando positivamente, com a esperança de que essa é uma das mais promissoras vacinas contra a Covid-19. São Paulo será um dos primeiros lugares do mundo a ter vacinação para a população”, completou. Estão previstas 46 milhões de doses até dezembro e mais 14 milhões até fevereiro de 2021. Ao todo, serão 60 milhões de doses. Doria ainda afirmou que vai respeitar todos os procedimentos que indicam a finalização da testagem e o aval da Anvisa para avançar.

Com o avanço do controle da pandemia no Estado, João Doria também anunciou que leitos exclusivos para Covid-19 serão redirecionados para outras doenças graves. Conforme anunciado nesta segunda, o Estado está na décima semana consecutiva com queda nos números de mortos e internados em consequência da doença. A taxa de ocupação dos leitos de UTI, que já chegou em 95%, está em 44% no estado. Eles serão transferidos gradualmente para atender a demanda reprimida de cirurgias eletivas e outros problemas de alta complexidade.

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