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Governo Dilma fez pressão contra operação da PF, diz delator de Nuzman

Brasília- DF 03-07-2015 Cerimônia de lançamento da Rota de Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016 Foto

Eric Maleson, ex-presidente da CBDG (Confederação Brasileira de Desportos no Gelo), delatou Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, às autoridades francesas, o que colaborou para a prisão de Nuzman ocorrida nesta quinta (5).

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Em entrevista à ESPN, Maleson disse que tentou denunciar as irregularidades às autoridades brasileiras em 2013, mas a medida não foi muito frutífera. O ex-presidente da CBDG diz que a “Operação Cabo de Guerra” da Polícia Federal não seguiu as investigações por “pressão de Brasília”.

“Tudo começou anos atrás, em 2013, quando eu me dirigi voluntariamente às autoridades da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Com isso, foi iniciada a ‘Operação Cabo de Guerra’. Só que, naquela época, a Dilma Rousseff era presidente e o governador (do Rio de Janeiro) era o Sérgio Cabral. Então, apesar de a Polícia Federal ter feito o trabalho dela e muito bem feito, essa operação foi terminada”, disse.

“A única coisa que posso falar, que eu sei, é que a ordem veio lá de Brasília para não continuar as investigações. Quero deixar aqui bem claro que fui muito bem recebido pela Polícia Federal. Ela fez o trabalho dela iniciando a operação, mas não conseguiu seguir. Os detalhes eu não sei, mas soube que houve pressão de Brasília para não continuar”, garante o delator.

“O que realmente impediu (a operação em cima do COB de 2013) é o fato de nós termos o Sérgio Cabral no Governo do Rio e também a Dilma no Governo Federal. Isso impediu que as negociações prosseguissem. Então, vendo que não ia conseguir nada, procurei me comunicar com outros países. Como tenho contato aqui nos EUA, iniciei um contato aqui e também na França”, explicou o ex-presidente da CBDG.

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