Governo pede ajuda de farmacêuticas para evitar falta de ‘kit intubação’
Encontros ocorrem após entidades afirmarem risco de colapso no sistema de saúde em diversos Estados com o esgotamento de insumos para tratar a Covid-19
O governo federal convocou representantes da indústria farmacêutica para auxiliar no fornecimento dos medicamentos do “kit intubação” (IOT), após diversos Estados e municípios alertarem para a falta de insumos para o tratamento da Covid-19. O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira, 22, que realizará reuniões com empresas para chamar a atenção da necessidade de “soluções emergenciais elaboradas com o intuito de salvar vidas.” Os encontros estão marcados para hoje e terça-feira, 23. Em nota, a pasta afirmou que “tem atuado em diversas frentes” para garantir a assistência dos entes federativos.
Técnicos do governo federal se reuniram neste fim de semana para avaliar a necessidade de cada Estado e definir ações que podem ser tratadas em conjunto com as indústrias farmacêuticas. Entre as diretrizes, estão a requisição dos estoque excedentes de medicamentos, a compra dos insumos no mercado internacional, incremento da requisição de informações para harmonização dos estoques e distribuição e a realização de pregões eletrônicos com a participação dos Estados.
A Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) afirmou neste sábado, 20, que os estoques de medicamentos indispensáveis no tratamento da Covid-19 são suficientes somente para mais uma semana em hospitais filantrópicos. O cenário também é visto em outras regiões do país. Segundo levantamento da Frente Nacional de Prefeitos, o cenário de falta de oxigênio visto em Manaus no início deste ano pode se repetir em aos menos 76 municípios de 15 Estados nos próximos dias. Em muitas regiões, a previsão é que o estoque acabe em duas semanas ou até um mês. Membros do governo estadual de São Paulo se reuniram nesta manhã com representantes de oito empresas que fornecem oxigênio para tratar da ampliação dos contratos. Segundo o presidente do InvesteSP, Wilson Mello, o problema está no abastecimento de oxigênio para os novos leitos que serão abertos até o fim do mês. A estimativa é que mais de 400 novas unidades hospitalares sejam habilitadas.
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