Greve afeta linhas do Metrô e da CPTM nesta terça-feira

Linhas de transporte metropolitano já concedidas à iniciativa privada, Linha 4-Amarela e 5-Lilás de metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, operam normalmente

  • Por Jovem Pan
  • 28/11/2023 07h21 - Atualizado em 28/11/2023 09h51
CELSO LUIX/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Portões fechados na Estação Barra Funda do Metrô, na zona oeste da cidade de São Paulo Portões fechados na estação Barra Funda do Metrô, na zona oeste da cidade de São Paulo

A greve dos trabalhadores do Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) começou na manhã desta terça-feira, 28, e já afeta o funcionamento do transporte público em toda a capital paulista. Em comunicado enviado pela Secretaria dos Transportes, o governo estadual classificou a paralisação feita pelos sindicatos como “abusiva e política” e informou que a greve “pode deixar milhões de passageiros sem acesso ao transporte sobre trilhos e provocar perdas de cerca de R$ 60 milhões ao comércio”. Desde as primeiras horas da manhã, as equipes diretivas das três empresas estão monitorando a adesão à greve e adotando as medidas de contingência necessárias para minimizar os impactos na prestação dos serviços públicos à população. As linhas de transporte metropolitano já concedidas à iniciativa privada, Linha 4-Amarela e 5-Lilás de metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, operam normalmente. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e os representantes do Metrô, CPTM e Sabesp farão um pronunciamento sobre a greve às 7h30 no Palácio dos Bandeirantes. No momento, a CPTM e o Metrô funcionam parcialmente e operam da seguinte forma:

Metrô

• Linha 1- Azul: funcionando de Tiradentes até Ana Rosa
• Linha 2- Verde: Alto do Ipiranga até Clínicas
• Linha 3-Vermelha: Bresser até Santa Cecília
• Linha 15- Prata: fechada

CPTM

• Linha 7- Rubi: funcionando de Luz a Caieiras com intervalo de 8 minutos
• Linha 10- Turquesa: fechada
• Linha 11-Coral: Luz até Guaianases com intervalo de 6 minutos
• Linha 12- Safira: funcionamento integral com intervalo de 8 minutos
• Linha 13- Jade: funcionamento integral com intervalo de 30 minutos
As integrações estão abertas nas estações que estão funcionando.

Além dos funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp, professores da rede pública e servidores da Fundação Casa também aderiram ao movimento. A greve é um protesto contra as privatizações promovidas pelo governo, terceirizações, demissões e corte de verbas na educação. Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio municipal de veículos na capital paulista para facilitar a locomoção da população durante a greve. A CET também informou que faixas e corredores de ônibus funcionarão normalmente, assim como outras restrições como a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF). Os ônibus municipais e intermunicipais circulam normalmente.

As linhas metropolitanas gerenciadas pela EMTU funcionarão com intensificação da operação e extensão de itinerário em mais de 30 linhas estratégicas para amenizar os impactos da greve. Além do reforço na quantidade de veículos e aumento de partidas realizadas, as linhas terão seus pontos finais na capital alterados para que os passageiros sigam até as estações que poderão estar funcionando, ou até a conexão com as linhas da SPTrans. Todos os sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos seguem operando regularmente.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidiu contrariamente à greve anunciada pelos sindicatos e determinou o funcionamento mínimo de 85% do contingente de trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô nesta terça, nos horários de pico. A determinação vale para os períodos das 4h às 10h e 16h às 21h na CPTM e 6h às 9h e das 16h às 18h no Metrô. Já nos outros horários, o TRT determinou a operação de 60% nos serviços da CPTM e no Metrô. Caso haja descumprimento, multas diárias previstas de R$ 600 mil para os sindicatos dos ferroviários e R$ 700 mil para o sindicato dos metroviários poderão ser aplicadas. Para a Sabesp, o contingente mínimo referente a serviços essenciais definido pela Justiça é de 80%, sob pena de multa de R$ 100 mil.

Ponto Facultativo

O governo do Estado de São Paulo determinou ponto facultativo nos serviços públicos estaduais da capital nesta terça. O objetivo é reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve. Os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão continuar a oferecer normalmente as refeições previstas para terça. As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo. O ponto facultativo não se aplica à Secretaria de Educação e às escolas da rede pública em virtude da “preparação do Provão Paulista Seriado e da manutenção do calendário escolar”, segundo informou o governo.

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