Greve afeta linhas do Metrô e da CPTM nesta terça-feira
Linhas de transporte metropolitano já concedidas à iniciativa privada, Linha 4-Amarela e 5-Lilás de metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, operam normalmente
A greve dos trabalhadores do Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) começou na manhã desta terça-feira, 28, e já afeta o funcionamento do transporte público em toda a capital paulista. Em comunicado enviado pela Secretaria dos Transportes, o governo estadual classificou a paralisação feita pelos sindicatos como “abusiva e política” e informou que a greve “pode deixar milhões de passageiros sem acesso ao transporte sobre trilhos e provocar perdas de cerca de R$ 60 milhões ao comércio”. Desde as primeiras horas da manhã, as equipes diretivas das três empresas estão monitorando a adesão à greve e adotando as medidas de contingência necessárias para minimizar os impactos na prestação dos serviços públicos à população. As linhas de transporte metropolitano já concedidas à iniciativa privada, Linha 4-Amarela e 5-Lilás de metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, operam normalmente. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e os representantes do Metrô, CPTM e Sabesp farão um pronunciamento sobre a greve às 7h30 no Palácio dos Bandeirantes. No momento, a CPTM e o Metrô funcionam parcialmente e operam da seguinte forma:
Metrô
• Linha 1- Azul: funcionando de Tiradentes até Ana Rosa
• Linha 2- Verde: Alto do Ipiranga até Clínicas
• Linha 3-Vermelha: Bresser até Santa Cecília
• Linha 15- Prata: fechada
CPTM
• Linha 7- Rubi: funcionando de Luz a Caieiras com intervalo de 8 minutos
• Linha 10- Turquesa: fechada
• Linha 11-Coral: Luz até Guaianases com intervalo de 6 minutos
• Linha 12- Safira: funcionamento integral com intervalo de 8 minutos
• Linha 13- Jade: funcionamento integral com intervalo de 30 minutos
As integrações estão abertas nas estações que estão funcionando.
Além dos funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp, professores da rede pública e servidores da Fundação Casa também aderiram ao movimento. A greve é um protesto contra as privatizações promovidas pelo governo, terceirizações, demissões e corte de verbas na educação. Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio municipal de veículos na capital paulista para facilitar a locomoção da população durante a greve. A CET também informou que faixas e corredores de ônibus funcionarão normalmente, assim como outras restrições como a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF). Os ônibus municipais e intermunicipais circulam normalmente.
As linhas metropolitanas gerenciadas pela EMTU funcionarão com intensificação da operação e extensão de itinerário em mais de 30 linhas estratégicas para amenizar os impactos da greve. Além do reforço na quantidade de veículos e aumento de partidas realizadas, as linhas terão seus pontos finais na capital alterados para que os passageiros sigam até as estações que poderão estar funcionando, ou até a conexão com as linhas da SPTrans. Todos os sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos seguem operando regularmente.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidiu contrariamente à greve anunciada pelos sindicatos e determinou o funcionamento mínimo de 85% do contingente de trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô nesta terça, nos horários de pico. A determinação vale para os períodos das 4h às 10h e 16h às 21h na CPTM e 6h às 9h e das 16h às 18h no Metrô. Já nos outros horários, o TRT determinou a operação de 60% nos serviços da CPTM e no Metrô. Caso haja descumprimento, multas diárias previstas de R$ 600 mil para os sindicatos dos ferroviários e R$ 700 mil para o sindicato dos metroviários poderão ser aplicadas. Para a Sabesp, o contingente mínimo referente a serviços essenciais definido pela Justiça é de 80%, sob pena de multa de R$ 100 mil.
Ponto Facultativo
O governo do Estado de São Paulo determinou ponto facultativo nos serviços públicos estaduais da capital nesta terça. O objetivo é reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve. Os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão continuar a oferecer normalmente as refeições previstas para terça. As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo. O ponto facultativo não se aplica à Secretaria de Educação e às escolas da rede pública em virtude da “preparação do Provão Paulista Seriado e da manutenção do calendário escolar”, segundo informou o governo.
— Governo de S. Paulo (@governosp) November 28, 2023
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