Grupo de Cunha apresenta requerimentos para adiar votação no Conselho de Ética

  • Por Agência Estado
  • 01/03/2016 19h18
Sessão extraordinária para discussão e votação de diversos projetos Data: 15/10/2015 - Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados Antonio Cruz/Agência Brasil Eduardo Cunha

Se a sessão do Conselho de Ética for retomada nesta terça-feira, 01, parlamentares alinhados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já têm protocolados três requerimentos de adiamento da votação. Os pedidos pedem adiamento da análise por cinco, quatro e três dias do parecer que pede a continuidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra Cunha.

Os requerimentos foram apresentados pelos líderes Genecias Noronha (SD-CE) e André Moura (PSC-SE) e pelo conselheiro Manoel Júnior (PMDB-PB). Os parlamentares integram o grupo que defende o arquivamento da ação disciplinar contra o presidente da Câmara.

Na avaliação da ala contrária ao peemedebista, a “tropa de choque” de Cunha não teria votos suficientes para livrá-lo da continuidade da ação se a votação for nesta terça-feira. “Temos votos para ganhar”, comemorou um conselheiro que defende a continuidade da ação.

As chances de o colegiado votar hoje o parecer do relator Marcos Rogério (PDT-RO) fez com que a ala governista passasse a tarde tentando esvaziar a sessão do plenário principal, de modo a impedir que houvesse quórum suficiente para que Cunha abrisse a ordem do dia. Pelo regimento, o início das votações no plenário principal impede a deliberação nas comissões. A manobra não deu certo e, nos instantes finais da reunião do Conselho de Ética, os trabalhos tiveram de ser suspensos.

O presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), disse estar disposto a retomar a sessão a qualquer hora do dia, assim que acabarem as votações em plenário. “(Hoje) não há mais espaço para manobras”, observou o relator Marcos Rogério. 

Caso contrário, já existe uma sessão agendada para amanhã, às 9h30, para retomar a votação. Se a votação ficar para amanhã, haverá espaço novamente para que deputados manobrem com questões de ordem e pedido de líderes para discursar longamente na sessão.

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