Grupo emergencial criado pelo governo recomenda ‘atenção’ à crise energética

Câmara define redução da vazão de duas usinas hidrelétricas como medida emergencial e espera mais chuvas nos próximos meses

  • Por Jovem Pan
  • 15/10/2021 23h09
Rene Moreira/Estadão Conteúdo Vista parcial do reservatório da Usina Hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais Usinas hidrelétricas no Mato Grosso do Sul passarão por 'flexibilização hidráulica'

A Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), grupo especial criado pelo governo por causa das crises hídrica e energética originadas da falta de chuvas em 2021, recomendou ‘atenção’ aos problemas em nova reunião nesta sexta, 15, e avaliou que ainda são necessárias medidas especiais para evitar racionamento nos próximos meses. Embora tenha apontado um crescimento recente das chuvas conforme o Brasil se aproxima da estação úmida do ano, “a situação ainda requer atenção, fato também impactado pelas atuais condições do solo, bastante seco, e, portanto, maiores dificuldades de transformação das chuvas em vazões, ou seja, em volumes significativos de água que chegam nos reservatórios do país”, afirmou a CREG em nota divulgada pelo Ministério de Minas e Energia.

Uma das ações recomendadas pela CREG foi a flexibilização hidráulica das usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, ambas no Mato Grosso do Sul, entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. A medida se traduz em reduzir a vazão dos reservatórios das usinas para evitar que o nível deles caia. A CREG também informou que há expectativas de mais chuvas no Sudeste e no Centro-Oeste nos próximos meses, o que ajudaria o sistema, já que o biênio 2020-21 foi especialmente seco e superou até mesmo 2000-01, quando o Brasil teve que adotar racionamento energético. A CREG é composta pelos Ministérios de Minas e Energia; da Economia; da Infraestrutura; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Meio Ambiente; e do Desenvolvimento Regional, e pode definir diretrizes sobre o funcionamento das hidrelétricas.

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