Guilherme Fiuza diz que grande mídia boicota atos bolsonaristas: ‘Tentam legalizar a mordaça’

Em entrevista ao Pânico, comentarista rebateu críticas às manifestações bolsonaristas do dia 7 de Setembro: ‘Há uma tentativa de mentir sobre os anseios da população’

  • Por Jovem Pan
  • 01/09/2021 15h58 - Atualizado em 01/09/2021 22h23
Reprodução/Pânico Fiuza está de fone de ouvido, camisa preta com livros e quadros ao fundo O jornalista e comentarista Guilherme Fiuza foi o convidado do programa Pânico desta quarta-feira, 1º

Nesta quarta-feira, 1º, o programa Pânico recebeu Guilherme Fiuza, comentarista e jornalista do programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan. Em entrevista, ele afirmou crer em uma grande adesão às manifestações do dia 7 de Setembro, convocadas pela base de apoio do presidente Jair Bolsonaro. “Tem uma mobilização grande. A maioria dos brasileiros tem estado nas ruas há bastante tempo, antes mesmo desse governo. É uma era de manifestações esclarecidas e focadas. São manifestações por liberdade, democracia e por eleições limpas. Claro que a população, sem partidarismo, espectro ideológico e governismo, entende que existe uma tentação da democracia de gabinete, sem povo. A grande imprensa infelizmente foi à falência. Como instrumento democrático de informação, ela desistiu de sua finalidade. Ela não vê o povo na rua mais, não é uma imprensa que possa ser chamada de grande.  No primeiro de maio, houve uma manifestação avassaladora, primeiro de agosto a mesma coisa, e não saiu na imprensa. Sai uma foto ali, na má vontade, dizendo que não foi bem assim. Que é milícia, que é a vovó miliciana, que o bebê é miliciano. Tem uma tentativa de mentir sobre os anseios da população. Tentam criar uma cartilha para a legalização da mordaça.”

Fiuza também considera legítimas os atos convocados para dia 12 de Setembro pelo Movimento Brasil Livre (MBL) junto do partido Novo e do movimento Vem Pra Rua. Segundo ele, manifestações fazem parte de regimes democráticos. “Eu não estava sabendo, mas toda manifestação é legítima, isso é a democracia. Vi muita gente querendo que a vida melhore. Quem acha que não dá para conversar, que o governo tem que cair logo. Acho que tem que dizer isso mesmo. Eu sempre digo que o Bolsonaro não tem oposição, tem um choramingo patético. A oposição tem que mostrar o que tem de positivo e meter o pau naquilo que há de errado, mas a gente não vê esse tipo de coisa. Os liberais viraram todos liberalóides.”

Na última terça, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido de transferência do ex-deputado federal Roberto Jefferson para prisão domiciliar. Fiuza afirmou que a medida é um truque fajuto usado para promover a censura. “Nós estamos em plena vigência desse truque fajuto de chamar de fake news para censurar a opinião pública. Não tem essa conversa de conservador e progressista, existe um instrumento evidente hoje que cria crimes assim, você falou algo que não gostei e eu digo que sua comunicação é enganosa. É a legalização da mordaça. Ele estar preso eu acho estranho. O que fundamenta a prisão preventiva do Roberto Jefferson? O condutor do inquérito olha para você e diz que quer destruir os poderes da república. Roberto Jefferson estar  preso é uma decisão onde não encontro fundamentação. Ele talvez poderia estar sendo processado, mas a prisão preventiva, não consigo ver a boa fundamentação dessa decisão. Vão legalizar esse tipo de perseguição.”

Confira na íntegra a entrevista com Guilherme Fiuza:

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