Homem acusado de integrar milícia que atua na Muzema é preso no RJ

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2019 14h16
Tânia Rêgo/Agência Brasil Prédios desabados Comunidade é palco de investigações desde desabamento de prédio no último mês de abril

Marcus Vinicius Reis dos Santos, conhecido como Fininho, foi preso na manhã desta quarta-feira (8) no Rio de Janeiro. Ele é suspeito de integrar a milícia que atua nas comunidades de Rio das Pedras e Muzema, na zona oeste da cidade.

Fininho estava foragido desde a deflagração da Operação Intocáveis, em janeiro, quando a força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Civil prendeu cinco suspeitos. Ele é o sétimo preso dos 13 denunciados que tiveram prisão decretada pela Justiça naquela ocasião e é considerado o braço-direito do tenente reformado da Polícia Militar Maurício Silva da Costa, o Maurição, apontado como um dos líderes da facção criminosa e preso durante a operação.

Escritório do Crime

Fininho foi preso por agentes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e levado para a 77ª DP (Icaraí), de onde será encaminhado para o sistema penitenciário.

De acordo com a denúncia oferecida à Justiça, em fevereiro, ele é apontado como um dos responsáveis por extorsões praticadas pelo bando contra moradores e comerciantes das localidades da Zona Oeste.

A Operação Intocáveis foi feita para prender acusados de integrar a organização criminosa conhecida como Escritório do Crime, que atua em atividades ilegais como grilagem, construção, venda e locação ilegais de imóveis; receptação de carga roubada; posse e porte ilegal de arma; e extorsão de moradores e comerciantes na região de Jacarepaguá. Durante a ação, foram presos cinco milicianos.

Incêndio e demolições

Um prédio de oito andares vizinho do Condomínio Figueiras do Itanhangá, no bairro da Muzema, começou a ser demolido na última semana pela Prefeitura do Rio. A edificação fica ao lado das duas torres residenciais que desabaram no dia 12, matando 24 pessoas.

Este é segundo prédio condenado pela Defesa Civil municipal que será demolido. Antes, funcionários da Secretaria Municipal de Conservação, com auxílio de máquinas, demoliram em um só dia uma torre de três andares que ainda estava em construção, também vizinha às edificações que ruíram.

O prédio do Itanhangá será demolido de forma manual, por conta da altura, para diminuir o risco de abalo estrutural em outras construções no entorno. A expectativa é de que os serviços sejam concluídos em 30 dias, envolvendo 60 trabalhadores de diversos órgãos municipais.

*Com Agência Brasil

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