IBGE irá recorrer de decisão judicial que determinou inclusão de perguntas sobre orientação sexual no Censo

Ação foi movida pelo Ministério Público Federal, que considera importante para garantir que políticas públicas sobre o tema sejam bem orientadas

  • Por Jovem Pan
  • 06/06/2022 22h09
Agência Estado/Arquivo Censo do IBGE Censo será realizado em 2022, dois anos atrasado por causa da pandemia de Covid-19

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta segunda 6, que irá recorrer da decisão da Justiça Federal do Acre que determinou a inclusão dos campos “orientação sexual” e “identidade de gênero” entre as perguntas a serem feitas durante o Censo 2022. Em uma nota curta, a entidade informou apenas que “todas as perguntas serão respondidas nos autos”. As perguntas deveriam entrar no questionário feito à população por determinação do juiz Herley da Luz, que acatou pedido de liminar do Ministério Público Federal (MPF) na última sexta, 3, e determinou um prazo de 30 dias para que o IBGE informasse que providências está tomando para incluir as questões. O MPF fez o pedido por considerar que seria importante ter dados para poder formar políticas públicas da área; o IBGE argumentou que cabe ao órgão decidir as questões relevantes a serem incluídas no questionário, a complexidade de operacionalização do Censo e a natureza sensível e privada das questões. O magistrado não concordou com os argumentos do Instituto, por considerar que já há questões sensíveis que são feitas e já há cuidados e proteção suficientes para estas.

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