IBGE: necessidade de financiamento do governo foi de R$ 519,9 bi em 2015

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/05/2017 11h13
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Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas Dinheiro - publicas

A necessidade de financiamento do governo atingiu R$ 519,9 bilhões em 2015, ou 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) naquele ano, calculado pelas Contas Nacionais Trimestrais, segundo a publicação Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária de Governo 2015, divulgada nesta sexta-feira (5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2014, a necessidade de financiamento do governo atingiu R$ 325,2 bilhões em 2014, ou 5,6% do PIB. 

O resultado operacional líquido (receita menos a despesa, excluindo os gastos com aquisição líquida de ativos não financeiros) também ficou negativo em R$ 512,2 milhões em 2015, ou 8,5% do PIB. No ano anterior, o resultado foi de R$ 276,9 milhões, ou 4,9% do PIB. O saldo negativo desse indicador aponta para um déficit, que terá que ser financiado com a emissão de passivos financeiros.

Já a formação bruta de capital fixo (investimentos) do governo registrou R$ 101,9 bilhões em 2015, recuando de 2,4% do PIB em 2014 (R$ 138,1 bilhões) para 1,7% no ano seguinte. Segundo o IBGE, as três esferas de governo (federal, estadual e municipal) apresentaram queda nominal nos investimentos, com destaque para a esfera estadual, com um decréscimo de 38% em relação a 2014.

A publicação é uma parceria do IBGE com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e o Banco Central (BC). Segundo nota divulgada pelo IBGE, a Conta Intermediária do Governo (CIG) traz uma “visão inicial das contas do governo nos processos econômicos de produção, geração e distribuição de renda, consumo de bens e serviços e de acumulação de capital”. Faz parte da elaboração da conta central, que será divulgada junto com os resultados das Contas Nacionais Anuais, explicou o IBGE.

Ainda conforme o instituto, as Estatísticas de Finanças Públicas (EFP) “se concentram no impacto dos eventos econômicos sobre as finanças do governo: receita, despesa e resultados fiscais, além do impacto das ações do governo sobre a economia por meio da tributação, gastos e empréstimos”.

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