INSS e Fiesp renovam acordo para reabilitação de trabalhadores incapacitados

Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) incapacitados para o trabalho e afastados pelo instituto têm uma nova oportunidade de serem inseridos na indústria paulista. Uma parceria entre Federação das Ind&uacu…

  • Por Agência Brasil
  • 29/01/2018 16h49 - Atualizado em 29/01/2018 19h27
David Alves/ Palácio Piratini David Alves/ Palácio Piratini Parceria da FIESP com o INSS vai distribuir 500 bolsas de estudo integral em qualificação profissional em diversas áreas tecnológicas no SENAI aos trabalhadores reabilitados

Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) incapacitados para o trabalho e afastados pelo instituto têm uma nova oportunidade de serem inseridos na indústria paulista. Uma parceria entre Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o INSS, promoverá a reabilitação dos segurados por meio de 500 bolsas de estudo integral em qualificação profissional em diversas áreas tecnológicas.

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Francisco Paulo Soares Lopes, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o diretor do Departamento de Ação Regional da Fiesp, Sylvio de Barros, assinaram nesta segunda-feira (29) o aditivo do acordo de cooperação técnica em reabilitação profissional, na sede da Fiesp, na capital paulista. “Assinamos um novo acordo ampliando o projeto e esperamos atender muito mais beneficiários do que atendemos na primeira fase”, disse o presidente do INSS, Francisco Paulo Soares Lopes.

O diretor da Fiesp, Sylvio de Barros, ressaltou que a reabilitação é importante para a dignidade do trabalhador. “São pessoas que de uma forma ou de outra estão afastadas. (Com a reinserção) elas têm um salário, passam a contribuir para o INSS, e com isso a gente vai diminuir o buraco da Previdência, e assim também (essas pessoas) passam a ter dignidade própria”.

Para Barros, além de oferecer os cursos, o esforço da Fiesp é conversar com as indústrias para contratar esses trabalhadores reabilitados. “Ao mesmo tempo estamos entrando em contato com essas indústrias para sentir se têm vaga para recontratá-los, se o curso que escolheram tem um posto de trabalho que permita que ele volte a trabalhar ativamente. Vamos trabalhar as indústrias para inserir essas pessoas no mercado de trabalho”, disse.

O objetivo da parceria é otimizar o processo de reabilitação profissional dos segurados incapacitados para o trabalho e afastados pelo INSS, promovendo redução do tempo de afastamento do segurado, com vistas ao seu retorno e permanência na vida profissional.

O INSS indica os segurados maiores de 18 anos, com ensino fundamental completo, com apresentação de autodeclaração de baixa renda e vindos de empresas contribuintes do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Senai. Após a participação no programa, o INSS certifica o segurado, que poderá ser empregado na cota de pessoas com deficiência e terá também certificação do Senai-SP.

Primeira turma

O programa foi iniciado em outubro de 2017 com a seleção dos trabalhadores. Nesta segunda-feira (29), a primeira turma começou as aulas. “Essa primeira parte foi um período de experiência, hoje inauguramos a primeira turma e agora queremos multiplicá-la de uma forma mais efetiva”, esclareceu Lopes.

Na primeira fase, também foram oferecidas 500 bolsas de estudo em 98 cursos de reabilitação profissional oferecidos em unidades do Senai de todo o estado. A seleção dos participantes é feita pelo INSS a partir de critérios preestabelecidos. Segundo Lopes, nesta primeira fase 23 pessoas estão inscritas para os cursos de Logística e de Expedição de Qualidade, iniciados hoje na unidade do Senai em Santo André (SP). “Foram selecionadas essas 23 pessoas iniciais e, apesar de parecer pouco, é o pontapé inicial para que nesse ano a gente amplie muito mais esse projeto”.

Para o presidente do INSS, a expectativa é que o projeto chegue a mais de mil segurados. “Temos mais de mil pessoas nessa fila e esperamos com essa parceria que essa fila zere em pouco tempo. São Paulo é um estado muito importante para que isso aconteça, é um estado gerador de riquezas e achamos que isso vai dar um resultado muito positivo”, acredita o presidente do INSS.

 

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