Irmão de deputado Luis Miranda diz que foi bloqueado do sistema do Ministério da Saúde

Servidor tentou entrar em uma parte do site destinada a funcionários e foi impedido; irmãos participaram de oitiva na CPI da Covid-19 e acusaram o governo de irregularidades

  • Por Jovem Pan
  • 27/06/2021 11h27
Pedro França/Agência Senado Dois homens se abraçando usando máscaras de proteção. Um está de costas para a câmera e o outro o abraça de frente Em destaque, deputado Luis Miranda (DEM-DF) cumprimenta o irmão, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou neste domingo, 27, que o seu irmão, o chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, foi bloqueado do sistema digital da pasta. “Aos defensores de bandidos, meu irmão acaba de descobrir que bloquearam ele do sistema do Ministério da Saúde. Vale ressaltar que ele é funcionário de carreira! Isso é ilegal, perseguição e só comprova que eles tem muito para esconder… Meu irmão eu não vou te abandonar”, escreveu Luis Miranda nas redes sociais. Ele colocou uma foto de um print de uma conversa com o irmão no WhatsApp, onde o mesmo envia uma imagem tentando entrar no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), destinado a funcionários, e aparece um aviso informando que ele foi bloqueado. A Jovem Pan entrou em contato com o Ministério da Saúde, mas ainda não teve retorno.

O deputado e seu irmão participaram de oitiva na CPI da Covid-19 na última sexta-feira, 25. Luis Ricardo, que é servidor da pasta disse, em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), ter sofrido uma “pressão anormal” para agilizar a compra da vacina Covaxin. A aquisição do imunizante indiano, fabricado pela Bharat Biotech, está na mira do colegiado, que apura se houve irregularidades no processo de compra. Em mais de sete horas de sessão, os depoentes apresentaram detalhes de uma conversa privada com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, no dia 20 de março. No encontro, segundo o deputado do DEM, ele e seu irmão apontaram problemas no processo de aquisição das doses.

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