Jovem de 17 anos é agredido até a morte por pescadores no Guarujá

Kauan Silva estava acampando com a mulher e uma amiga e demorou para desmontar a barraca

  • Por Jovem Pan
  • 17/08/2020 12h04
Reprodução/Airbnb Por causa da pandemia, município de Guarujá proibiu os acampamentos

Um estudante foi agredido por seis pescadores neste domingo, 16, na Prainha Branca, no Guarujá, litoral de São Paulo. Kauan Silva, de 17 anos, estava com a esposa e uma amiga acampando e foi agredido porque demorou para atender a ordem dos pescadores de desmontar a barraca. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, houve discussão entre os envolvidos, mas familiares do estudante alegam que foi um “linchamento”. Devido à pandemia do novo coronavírus, não é permitido montar barracas em praias do município. O rapaz reside em Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, e passava o fim de semana no litoral.

A confusão teria começado quando um pescador passou pelo local e mandou que Kauan desarmasse a barraca, alegando que a fiscalização estava a caminho. Segundo a Polícia Civil, nesse momento teria havido uma discussão. O homem voltou logo depois com outros cinco e todos passaram a agredir Kauan. A esposa dele tentou reagir, usando um canivete, mas também foi agredida, assim como a amiga. Os agressores teriam desferido chutes no estudante após ele cair. Logo depois, o jovem começou a passar mal e foi levado pelo Corpo de Bombeiros para o pronto socorro mais próximo, em Bertioga, mas não resistiu.

A Polícia Civil do Guarujá registrou o caso como lesões corporais seguidas de morte e aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar a causa do óbito. Os familiares de Kauan foram ouvidos informalmente e reafirmaram o linchamento. Conforme a polícia, o grupo de investigação trabalhava na manhã desta segunda-feira, 17, para identificar os agressores.

*Com Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.