Juiz do Espírito Santo e mais 19 são denunciados por fraudes para pegar herança de mortos
Eles são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e uso de documento falso; além da condenação, MP pede R$ 34 milhões em dano moral coletivo
O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) denunciou o juiz Bruno Fritoli Almeida, do Tribunal de Justiça do Estado, e outras 19 pessoas na Operação Follow The Money. Eles são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e uso de documento falso. Além da condenação, o MP pede R$ 34 milhões em dano moral coletivo. A denúncia é assinada pelo procurador-geral de Justiça do Estado Francisco Martinez Berdeal. Cabe agora ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo avaliar se há elementos para abrir uma ação penal. O caso está em sigilo. Segundo a investigação, o juiz estaria envolvido em um esquema de fraudes para sacar heranças irregularmente. Quando as suspeitas vieram a público, a defesa negou irregularidades e alegou que ele trabalha “há quase uma década com lisura e responsabilidade”. “Confiantes da índole de Bruno durante sua carreira no judiciário, seguirão acompanhando o desenrolar do caso e atuando, com os instrumentos da lei, pela sua inocência”, diz o comunicado divulgado pelos advogados Rafael Lima, Larah Brahim e Mariah Sartório.
Juiz tinha esquema para pegar herança de mortos, diz Ministério Público
O Ministério Público afirma que o grupo identificava mortos sem herdeiros e com quantias altas no banco ou em imóveis. O passo seguinte era a falsificação de contratos, notas promissórias e documentos de confissão de dívida em nome do falecido. Com os documentos falsos em mãos, o grupo dava entrada em pedidos para receber a dívida, que na realidade não existia. Os investigadores desconfiaram da fraude porque perceberam que as petições seguiam um modelo específico, geralmente narrando situações parecidas e sempre com pedidos para que os processos tramitassem em segredo de justiça. O MP calcula um prejuízo de mais R$ 17 milhões.
Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações do Estadão Conteúdo
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