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Juiz mantém executivo da UTC preso na carceragem da PF em Curitiba

O empresário Ricardo Pessoa

O juiz federal Sérgio Moro manteve hoje (23) o presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Moro atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF), responsável pelas investigações da Lava Jato, para que Pessoa não fosse transferido para o presídio. A justificativa dos procuradores não foi informada.

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Mais cedo, o juiz atendeu a pedido da Polícia Federal (PF) e autorizou a transferência de 12 presos na Lava Jato da carceragem da PF para o Complexo Médico Penal do Paraná, presídio localizado em Pinhais (PR), próximo a Curitiba. A PF alegou que não tem mais condições de manter todos os presos.

Pessoa é acusado pelo MPF de coordenar o funcionamento do cartel entre as empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras. O esquema ficou conhecido como “Clube das Empreiteiras”. Sobre as acusações, Pessoa responde a duas ações penais. A defesa do executivo negocia com os investigadores um acordo de delação premiada.

Ainda não há decisão sobre o doleiro Alberto Youssef, e os executivos da Camargo Corrêa Dalton Avancini e Eduardo Leite. Até o momento, eles devem permanecer na carceragem da PF. Os três assinaram acordo de delação.

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró também não foi transferido, porque faz tratamento psicológico, autorizado pela Justiça.

Entre os presos que serão transferidos estão o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso na semana passada,  e o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, acusado de intermediar pagamento de propinas.

A decisão também atinge executivos de empreiteiras: Agenor Franklin Magalhães Medeiros, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho de Sá Oliveira (OAS); Erton Medeiros Fonseca (Galvão Engenharia); Gerson de Mello Almada (Engevix); João Ricardo Auler (Camargo Corrêa) e Sérgio Cunha Mendes (Mendes Júnior). Adir Assad e Mário Goes, acusados de atuar como operadores do esquema de desvios na Petrobras, também serão transferidos para o Complexo Médico Penal.

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