Justiça absolve ex-sócio do escritório de Adriana Ancelmo

O advogado Thiago Aragão, ex-sócio do escritório da ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo, foi absolvido da acusação de obstrução de justiça, conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF). A sentença foi proferida na segunda-feira (16) pelo j…

  • Por Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil
  • 17/10/2017 17h34
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O advogado Thiago Aragão, ex-sócio do escritório da ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo, foi absolvido da acusação de obstrução de justiça, conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF). A sentença foi proferida na segunda-feira (16) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Aragão ainda responde por lavagem de dinheiro, em outro processo.

Parte da acusação a Aragão foi baseada em colaboração premiada de Ítalo Garritano Barros, proprietário do restaurante Manekineko. Garritano disse que a empresa servia como local para lavar dinheiro ilícito que entrava pelo escritório de Adriana Ancelmo, fruto de transações ilegais do então governador Sérgio Cabral.

A defesa de Aragão argumentou, no entanto, que o MPF não conseguiu provar sua culpa, baseando-se unicamente na palavra do delator. Também sustentou, entre outras coisas, que após sua prisão, confessou ser o responsável pelo pagamento, por meio de recursos em espécie, de parte da folha salarial dos funcionários de Ítalo Garritano, e que recentemente, em interrogatório, admitiu que os honorários percebidos pelo escritório excediam o valor efetivo dos serviços prestados.

Além disso, a defesa alegou que Thiago sempre auxiliou nas investigações e que não houve qualquer influência negativa de sua parte sobre o delator Ítalo.

Apesar do MPF ter denunciado Aragão por integrar organização criminosa, promovendo embaraço à investigação, pedindo sua condenação e o perdimento do produto dos crimes, incluindo aí os valores bloqueados em contas e investimentos bancários, Bretas entendeu que a promotoria não foi capaz de provar a acusação.

O MPF foi procurado, para opinar sobre a sentença e a possibilidade de recurso, mas até a publicação desta matéria ainda não havia se pronunciado.

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