Justiça autoriza transferência de Bumlai e Pedro Corrêa para presídio comum

  • Por Agência Brasil
  • 05/02/2016 15h23
Brasília - O pecuarista José Carlos Bumlai, depõe na CPI do BNDES (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato / Agência Brasil José Carlos Bumlai

Investigados na Operação Lava Jato, o ex-deputado federal Pedro Corrêa e o pecuarista José Carlos Marques Bumlai devem ser transferidos nesta sexta-feira (05/02) da carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Paraná para o Complexo Médico Penal (CMP), em Curitiba (PR).

A transferência foi autorizada pelo juiz Sérgio Moro, a pedido da própria PF, que alegou que o espaço ocupado por Bumlai e Corrêa é utilizado para abrigar presos provisórios ou custodiados. Segundo a PF, a permanência na carceragem de qualquer pessoa detida pode comprometer a movimentação de outros presos e de eventuais operações.

Bumlai foi preso em novembro, em caráter preventivo, durante a Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o pecuarista usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin.

Segundo os procuradores, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de cerca de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação, em 2009, da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras. Em dezembro de 2015, ele foi denunciado por crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e gestão fraudulenta.

Pedro Corrêa foi condenado em novembro de 2015 a 20 anos, sete meses e dez dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Corrêa foi acusado de receber R$ 11,7 milhões em propina decorrente do esquema de corrupção investigado na Lava Jato. Quando foi preso, em abril de 2015, durante a 21ª fase da Lava Jato, o ex-deputado cumpria prisão em regime aberto pela condenação na Ação Penal 470, o chamado processo do mensalão.

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