Justiça determina que escolas do Rio não devem mais abrir para servir almoço

Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação defende a adoção de medidas alternativas, como o envio de comida às casas dos alunos

  • Por Jovem Pan
  • 18/03/2020 14h31
Reprodução Segundo o SEPE, medida coloca em risco a saúde de outros estudantes e profissionais

A partir desta quarta-feira (18), uma liminar da Justiça do Rio de Janeiro determinou que as escolas municipais não devem mais abrir para servir almoço a alunos necessitados. Até agora, elas estavam funcionando das 11h às 13h para prestar este serviço.

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE-RJ) entrou com o pedido e obteve a liminar, da qual a Secretaria Municipal de Educação afirma que vai recorrer por meio da Procuradoria-Geral do Município.

A iniciativa de abrir as escolas para o almoço foi anunciada na última sexta-feira pelo prefeito Marcelo Crivella e pela secretária Talma Romero Suane. Esta seria uma forma de atender alunos que dependem das unidades escolares para se alimentar. Segundo a Secretaria, cerca de 1.500 alunos se beneficiaram das refeições nos últimos dois dias.

O sindicato, ao justificar o pedido para que os colégios sejam totalmente fechados, ressaltou que sabe da necessidade desses alunos, mas disse que abrir as unidades é colocar em risco os outros estudantes e profissionais devido à pandemia de coronavírus. Eles defendem a adoção de medidas alternativas, como o envio de comida às casas dos alunos.

“Alternativas inclusive utilizadas na crise de saúde de 2009, causada pelo vírus H1N1 (mais conhecida como gripe suína), quando a Prefeitura enviou esforços para distribuir alimentos diretamente aos alunos mais necessitados, sem a necessidade de abertura das unidades e sem colocar em risco os profissionais”, disse o SEPE.

A capital do Rio concentra 42 dos 49 casos registrados no Estado.

* Com informações do Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.