Justiça nega terceiro pedido de prisão preventiva para motorista do Porsche; empresário se torna réu
Segundo denúncia, Fernando Sastre de Andrade Filho assumiu risco de matar e ferir ao guiar em alta velocidade; ele responderá em liberdade
Nesta terça-feira (30), o juiz da 1ª Vara do Júri, Roberto Zanichelli Cintra, recusou o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MP) contra o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho. O empresário dirigia um Porsche em alta velocidade e matou um motorista de aplicativo e fez um ferido na noite do dia 31 de março na zona leste de São Paulo. Entretanto, o empresário se tornou réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal, na modalidade de dolo eventual, quando o condutor assume o risco de matar e ferir. Segundo o juiz, o pedido foi negado, pois não estava amparado por provas e baseava por “presunções e temores abstratos”.
Sendo assim, Andrade Filho responderá em liberdade e agora cabe ao juiz agendar futuramente uma nova audiência de instrução para ouvir testemunhas do caso, bem como para interrogar o empresário. Após esta nova etapa, o juiz poderá submetê-lo a juri popular para ser julgado, caso ele seja condenado, pode pegar mais de 20 anos de prisão. A promotora do caso, Monique Ratton, solicitou a prisão do empresário para evitar que ele influencie testemunhas “como já fez ao longo das investigações”. O TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) informa que o caso tramita em segredo de Justiça. Defesa diz que não irá se manifestar.
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