Kim Kataguiri nega ligação de empresários com MBL: Investigação é ‘muito frágil’

Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso foram presos na Operação “Juno Moneta” do Ministério Público; deputado nega ligação com o movimento

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2020 11h21 - Atualizado em 10/07/2020 11h38
Kim Kataguiri acredita que a investigação do Ministério Público é "muito frágil" e afirma ter um confusão entre as informações apresentadas

O deputado federal e líder do MBL (Movimento Brasil Livre), Kim Kataguiri (DEM-SP), afirma que não há qualquer envolvimento dos empresários Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, presos nesta sexta-feira (10) na Operação “Juno Moneta” do Ministério Público contra lavagem de dinheiro, com a coordenação do movimento. Embora não entenda “os objetivos”, ele fala que as investigações são “frágeis”.

Em entrevista ao Jornal da Manhã – 2ª Edição, Kim explicou que Alessander Monaco Ferreira fazia doações ao movimento pelo “superchat” do Youtube. Segundo ele, os valores eram doados da mesma forma como é feito por outros apoiadores, negando que haja qualquer outra participação do empresário, considerado um dos maiores doadores ao MBL.

Já em relação ao Carlos Augusto de Moraes Afonso, também conhecido como Luciano Ayan, o deputado afirma que, há cerca de dois anos, o Movimento Brasil Livre publicava textos do empresário na página no movimento e reconheceu a presença de Carlos como convidados para alguns programas como comentarista, mas “nunca como coordenador ou integrante do MBL”.

Kim Kataguiri acredita que a investigação do Ministério Público é “muito frágil” e afirma ter um confusão entre as informações apresentadas, alegando que não há uma “confusão jurídica empresarial” entre as empresas MBL e MRL (Movimento Renovação Liberal), como apontado pelo MP-SP. Segundo ele, o primeiro é uma marca, enquanto o segundo é a pessoa jurídica, não existindo problemas entre ambos.

Ainda de acordo com ele, a informação da dívida de R$ 400 milhões em impostos federais, apontada pelo órgão, também não possui relação alguma com o movimento. Ele afirma que são assuntos relacionados à família de Alexandre Ferreira dos Santos e Renan Ferreira dos Santos, fundadores do movimento, mas sem relação com a  organização.

“São empresas que não tem ligação com o MBL. O pai do Renan [um dos fundadores do movimento] trabalha com recuperação de empresas. Então ele compra empresas quebradas justamente para recuperar e revender, não tem nada de errado em você administrar empresas com problemas tributários. Não são empresas com ligação ao MBL”, afirma, garantindo que não há qualquer relação com o assunto.

O também líder do Movimento Brasil Livre finaliza afirmando estar à disposição da Polícia Civil e da Receita Federal para qualquer esclarecimentos. Ele espera que as investigações “avancem o mais rápido” e avalia que, ao final o resultado será positivo para o movimento.

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