Lava Jato deflagra a Operação Vício, contra laranjas que prestariam serviços à Petrobras

  • Por Jovem Pan com AE
  • 24/05/2016 07h39
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. 04/03/2015 REUTERS/Sergio Moraes REUTERS/Sergio Moraes Sede da Petrobras no Rio de Janeiro

Apenas um dia após a 29ª fase, a Operação Lava Jato deflagrou nova fase nesta terça-feira (24) em São Paulo e no Rio de Janeiro. A chamada Operação Vício (que enfatiza a continuidade delitiva de alguns investigados) tem como alvos empresas que receberam repasses de recursos ilícitos da Petrobras. São as chamadas laranjas.

A Polícia Federal tem como objetivo buscar os lavadores de dinheiro. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva (que não têm data para se encerrar), nove de condução coercitiva e 28 de busca e apreensão. Cerca de 50 policiais federais e 10 servidores da Receita Federal cumprem as ordens judiciais. Os detidos nesta 30ª fase serão levados para Curitiba.

Nesta etapa, três grupos de empresas são investigados por terem se utilizado de operadores e de contratos fictícios de prestação de serviços para repassar, notadamente, à Diretoria de Serviços e Engenharia e Diretoria de Abastecimento da Petrobras, respectivamente cotas do PT e do PP no esquema de corrupção da estatal.
O esquema de corrupção e lavagem de ativos a partir de contratos firmados envolvia 
empresas, funcionários e agentes públicos.

Os crimes apurados são corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, entre outros. Eram criadas empresas fantasmas num laranjal que circundava a Petrobras.

Em outro procedimento desta mesma fase da Lava Jato. estão sendo cumpridos mandados que buscam a apuração de pagamentos indevidos a um executivo da área internacional da Petrobras, cota do PMDB no esquema, em contratos firmados para aquisição de navios-sondas.

Para chegar às companhias, os policiais federais fizeram um “pente fino” e cruzaram dados de que tinham a petroleira brasileira como cliente única, aquelas que tinham a Petrobras como único cliente. Ou também as empresas que prestavam serviços apenas às subsidiárias da estatal.

Como os donos registrados das empresas laranjas muitas vezes tinham nomes fictícios, a PF teve até dificuldade de encontrar as pessoas físicas.

Com informações do repórter Jovem Pan em Brasília, José Maria Trindade; e da Estadão Conteúdo

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