Lava Jato do Rio quer dar R$ 550 milhões para a compra de vacinas contra a Covid-19

Força-tarefa encaminhou oficios às autoridades pedindo a liberação dos recursos apreendidos em operações contra a corrupção no estado

  • Por Jovem Pan
  • 28/01/2021 14h19
EFE/ FABIO MOTTA Em primeiro plano, uma mão segurando frasco de vacina com rótulo verde e vermelho; atrás dela, em segundo plano e desfocado, homem de máscara branca e óculos de proteção Força-tarefa encaminhou pedido de autorização para autoridades do estado e da União

A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro que dar cerca de R$ 552,5 milhões apreendidos em operações para a compra de vacinas contra o novo coronavírus. A manifestação de interesse foi encaminhada à Advocacia-Geral da União (AGU), à Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE/RJ), à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Uma cópia do documento também foi enviada ao juiz Marcelo Bretas, responsável pela condução dos julgamentos da Lava Jato no Rio. “Consultamos a União se há interesse em realizar o levantamento antecipado dos valores custodiados em contas judiciais, com a finalidade específica de aquisição de vacinas para a imunização contra a covid-19, o que se justificaria dada a situação de emergência na saúde pública e a urgente necessidade de imunização da população”, explica o ofício assinado pelos membros da força-tarefa.

A operação desencadeada na década passada mantém R$ 552.574.264,16 em contas judiciais vinculadas ao Juízo da 7ª Vara Federal Criminal. Segundo informações do Ministério Público do Rio, o valor deve crescer nas próximas semanas com o fechamento de acordos de colaboração premiada e de leniência já celebrados. Caso as autoridades deem o sinal verde, a Lava Jato se comprometeu a pedir a transferência imediata dos valores às contas indicadas pelos representantes governamentais. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou a aplicação emergencial de 12,8 milhões de doses dos imunizantes CoronaVac, produzidos pelo Instituto Butantan e Sinovac, e da vacina da Universidade de Oxford, desenvolvida em parceria com a AstraZeneca, representada no país pela Fundação Oswaldo Crus (Fiocruz).

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