Leite lança campanha para prévias do PSDB e afirma que não será ‘mito ou salvador da Pátria’

Acompanhado de membros de diretórios estaduais, governador do Rio Grande Sul elenca quais serão as prioridades, caso seja eleito

  • Por Jovem Pan
  • 21/09/2021 19h56 - Atualizado em 21/09/2021 22h02
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Reprodução/Jovem Pan O governador usa terno, fala ao microfone e gesticula, no estúdio do Morning Show Eduardo Leite diz que Brasil precisa da construção de pontes e consensos

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, lançou de forma oficial seu nome na disputa das prévias presidenciais do PSDB. Leite deve ter como principal adversário interno o governador de São Paulo, João Doria, enquanto Tasso Jereissati, senador pelo Ceará, e Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus, concorrem com menos chances. No evento em que confirmou a inscrição como pré-candidato do partido, o político gaúcho fez críticas aos casos de corrupção do governo do PT, que entende terem levado o atual presidente, Jair Bolsonaro, ao poder, e disse que “quer governar para todos os brasileiros”.

“Especialmente pelo ex-presidente Lula, que sempre discursou sobre ‘nunca antes na história desse País’, que só eles eram donos da moralidade e nós vimos depois os lamentáveis casos de corrupção que aconteceram sob aquele governo, e que o Brasil tinha começado com o governo do PT. E com isso ofendeu boa parte dos brasileiros, machucou boa parte dos brasileiros, gerando um terreno fértil para que surgisse Bolsonaro. Bolsonaro é o resultado de uma política feita com divisão pelo próprio Partido dos Trabalhadores”, criticou.

“Não sou candidato a mito ou a salvador da pátria. Sou candidato a liderar a enorme potencialidade deste País, com sua gente e suas inúmeras riquezas, para que ele volte a ser aquilo que todos nós, em nossos corações, sabemos que ele pode ser”, afirmou Leite. “Para fazer este País, um presidente tem de ser presidente de todos: dos que pensam e dos que não pensam como você. Estamos precisando de paz, de união, de distensionamento e de coragem. Não desejo ser presidente para brigar com Lula ou Bolsonaro, mas sim para brigar pelos brasileiros contra os enormes problemas que nosso país tem. Eles, os problemas, é que são meus inimigos”, disse o governador do Rio Grande do Sul, que ressaltou ser capaz de melhorar nas pesquisas já perto da eleição como fez em suas campanhas para prefeito de Pelotas, em 2012, e para o governo estadual, em 2018.

Leite ainda citou os três principais pontos que teriam sua atenção caso fosse eleito. “Se eu tivesse que reduzir tudo em três grandes lutas, elas seriam: combater as desigualdades, crescimento com foco no aumento de produtividade, sustentabilidade e diversidade, com respeito a todas as diferenças”, reforçou, ao dizer que o Brasil precisa de mais política, com construções de pontes e consensos. Na segunda-feira, 20, Doria afirmou que o antipetismo seria a principal linha de sua campanha, caso seja escolhido como candidato. Para demonstrar a força de sua candidatura, o governador gaúcho fez a apresentação acompanhado por representantes de alguns diretórios estaduais que o apoiam, como Minas Gerais, Bahia e Amapá, por exemplo. Estavam presentes, entre outros, o líder do PSDB na Câmara, Rodrigo de Castro (MG), e os deputados federais Adolfo Viana (BA), Luiz Carlos Gomes (AP), Lucas Redecker (RS) e Daniel Trzeciak (RS), além dos prefeitos Hildon Chaves (Porto Velho) e Paulo Serra (Santo André).

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