Liberado último dos 137 presos em festa de milícia no Rio
O último dos 137 presos na operação da Polícia Civil realizada no último dia 7 contra uma milícia de Santa Cruz, zona oeste do Rio, foi liberado nesta quarta-feira (2) do Complexo Penitenciário de Gericinó, zona oeste do Rio. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que, desse total, 132 eram civis e ficaram no presídio, enquanto outros cinco por serem militares, foram encaminhados para as unidades onde servem e os alvarás entregues na corporação, onde estavam presos, à disposição da Justiça.
Do total de 159 presos na Operação Medusa contra a milícia Liga da Justiça, que atua nos bairros Campo Grande, Paciência e Santa Cruz, na zona oeste, 21 permanecem com a prisão preventiva decretada pela Justiça por terem envolvimento com a milícia e antecedentes criminais, por isso não deixaram a prisão.
Durante a ação, quatro pessoas suspeitas de participação na milícia foram mortas em confronto com os policiais civis, e 24 armas apreendidas, entre fuzis, pistolas, além de granadas, 76 carregadores, 1.265 munições de calibres variados, coletes balísticos, fardamentos e toucas ninjas. Também foram apreendidos 11 veículos. No local, ocorria a apresentação de dois grupos de pagode com ingressos comercializados a R$ 20.
Decisão
Na quarta-feira passada (25), o juiz Eduardo Marques Hablitschek, da 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, revogou a prisão preventiva de 137 presos na operação policial de combate à milícia ocorrida no dia 7 de abril. No último dia 19, o juiz já havia revogado a prisão preventiva do artista de circo Pablo Dias Bessa Martins, também detido na operação policial e que viajou ontem (24) para a Suíça, onde tem contrato de trabalho e ficará por oito meses naquele país.
O juiz escreveu na decisão que “considerando que o Ministério Público é quem vai delimitar o tema decidendum, ou seja, o fato a ser imputado a quem violou o respectivo tipo penal, não resta ao Poder Judiciário outra alternativa a não ser verificar se os fatos imputados, bem como os indigitados autores, estão perfeitamente individualizados, de acordo com as informações constantes da investigação policial”.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.