Líder do governo no Senado: se Eduardo Bolsonaro for indicado a embaixada, será aprovado pela Casa

“O governo tem maioria na Comissão de Relações Exteriores e no plenário”, garantiu Fernando Bezerra Coelho

  • Por Jovem Pan
  • 16/07/2019 18h25
Agência Senado Marcos Oliveira/Agência Senado O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE)

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou nesta terça-feira (16) que é favorável à indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos. Ele disse inclusive que já está trabalhando para que, caso o presidente Jair Bolsonaro confirme a indicação do filho para o cargo, ela seja aprovada pela Casa.

Um embaixador indicado pelo presidente da República deve ser sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. O colegiado, então, vota pela aprovação ou não do nome e depois a análise vai ao plenário da Casa.

“Estamos cuidando para que, se essa indicação for feita, ela ser aprovada pelo Senado. O governo tem maioria na Comissão de Relações Exteriores e no plenário para aprovar o nome do Eduardo”, disse Bezerra. O senador contou ainda que conversou com Bolsonaro e disse que o presidente “está inclinado” a oficializar a indicação.

O líder do governo avaliou também que a questão não deve atrapalhar a tramitação da reforma da Previdência. “São dois assuntos diferentes.”

Decisão de Toffoli

O senador elogiou a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de suspender todos os processos judiciais que tramitam no País em que houve compartilhamento de dados da Receita Federal, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e do Banco Central com o Ministério Público sem prévia autorização judicial ou sem a supervisão da Justiça.

A decisão deve ter efeitos sobre o processo que tramita contra o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente Bolsonaro, no Ministério Público do Rio de Janeiro. Foi um pedido da própria defesa do senador que resultou na medida tomada por Toffoli.

“A decisão do presidente do STF coloca freios na busca da legalidade dos atos que são praticados em qualquer investigação. A decisão não é sobre Flávio Bolsonaro, mas sobre o bom direito”, disse.

*Com Estadão Conteúdo

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