Na última quinta-feira (19), o ex-senador Luiz Estevão, assim com o ex-ministro Geddel Vieira Lima, foi transferido para a ala de segurança máxima da Penitenciária da Papuda, em Brasília, por falta disciplinar. Em seu despacho, a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais, destacou que Estevão possuía algumas regalias e inclusive teria doado um imóvel a um dos agentes penitenciários em troca de privilégios.
A denúncia surgiu em 2016 e a magistrada determinou a abertura de investigação. Durante vistoria na cela de Estevão e Geddel, a polícia encontrou diversas cápsulas de café, barras de chocolate, cereais, cinco pendrives e até uma tesoura.
Há indícios de que ele seria o verdadeiro “dono” da Papuda, uma vez que teria custeado parte das obras do Bloco 5, onde cumpre pena, por meio de uma empresa de fachada. Além disso, teria autorizado uma visita ao ex-ministro José Dirceu (PT), que também está encarcerado na Papuda.
O ex-senador foi condenado a 26 anos de prisão por fraudar recursos das obras do TRT de São Paulo.