Lula critica ação da PM em operação no Rio: ‘Não pode atirar a esmo’

Durante o programa semanal ‘Conversa com o Presidente’, Lula comentou caso da menina Eloáh, de cinco anos, morta por uma bala perdida

  • Por Jovem Pan
  • 14/08/2023 11h25
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Ricardo Stuckert/PR Lula durante o programa 'Conversa com o Presidente' Lula e o jornalista Marcos Uchôa durante o programa 'Conversa com o Presidente'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a Polícia Militar (PM) por uma operação na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, no último sábado, 12. Durante o programa semanal ‘Conversa com o Presidente‘, nesta segunda-feira, 14, o petista lamentou a morte de uma menina de cinco anos, vítima de uma bala perdida. “Que bala perdida é essa? Essa bala foi atirada para aquele lado para atingir alguém e pegou uma criança de 5 anos de idade. Onde a gente vai parar com esse tipo de comportamento de violência?”, questionou.

Lula ainda afirmou que o governo “não é contra a polícia”, mas pediu mais “inteligência” nas operações. Para o presidente, a PM atirou “a esmo” durante a operação. “Nós não somos contra a polícia, mas queremos policiais bem preparados, bem instruídos e com bastante inteligência. O que não pode é sair atirando a esmo, sem saber para onde se atira. Essa bala perdida é um pouco disso: ‘eu atirei em alguém e matei outra pessoa’. Que brincadeira é essa?”, disse o presidente.

O caso

No último sábado, uma menina de cinco anos foi morta por uma bala perdida no bairro da Ilha do Governador, na zona norte do Rio. Eloáh Passos estava dentro de sua residência no Morro do Dendê. Wendell Eduardo, de 17 anos, também foi baleado. Ele estava na garupa de uma moto na Avenida Paranapuã, por volta das 7h.

Segundo a PM, Wendell portava uma pistola, disparou contra os agentes durante a abordagem e morreu durante a troca de tiros. Sobre Eloáh, a PM informou não saber o motivo da morte, e disse que não havia operação nas imediações de onde a menina foi baleada. No entanto, moradores culpam a PM pelos dois casos. Após a morte de Wendell na saída de um baile funk, houve protestos e dois ônibus foram incendiados.

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