Após a decisão da juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara de Curitiba, Lula será transferido para a Penitenciária de Tremembé II, em São Paulo. Ele está preso desde 7 de abril de 2018 na Sede da Polícia Federal do Paraná, após ser condenado pelo caso do triplex do Guarujá.
De acordo com Paulo Eduardo de Almeida Sorci, juiz coordenador e corregedor do DEECRIM, o petista irá para Tremembé e reforça que as trativas quanto à escolta e transporte deverão ser realizadas entre o Distrito da Culpa e a Administração Penitenciária de São Paulo.
A penitenciária é conhecida por ter detentos “famosos”, como Alexandre Nardoni, condenado por matar a filha Isabella, Cristian Cravinhos, um dos responsáveis pela morte da família Richthofen e Mizael Bispo, assassino da advogada Mércia Nakashima.
Transferência
No documento assinado por Lebbos, responsável pelas decisões sobre a custódia de Lula, ela afirma que a permanência de Lula na superintendência da Polícia Federal no Paraná, apesar de ser “prudente e necessária”, exige a manutenção da custódia em local em que as autoridades “pudessem preservar ao máximo as condições de segurança pessoal do detento e, concomitantemente, garantir com plenitude a efetividade no cumprimento da sanção aplicada”.
A defesa de Lula citou, para justificar a transferência, a aglomeração no entorno da Sede da Polícia Federal, que as dependências da unidade policial “são muito limitadas” e “não se destinam à execução de penas ou permanência regular de presos”, entre outras críticas à estrutura do local.
Defesa de Lula
Os advogados do ex-presidente devem tomar medidas para evitar que ele seja transferido para um presídio comum. Segundo Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, Lula “não é um sujeito qualquer”.