Maia elogia proposta de reforma tributária dos estados: ‘Soluções relevantes’

Projeto foi apresentado hoje pelos secretários de Fazenda dos Estados

  • Por Jovem Pan
  • 11/09/2019 15h03 - Atualizado em 11/09/2019 15h28
Marcelo Camargo/Agência Brasil O texto será levado ao Congresso em forma de emenda à proposta que tramita atualmente na Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (11) que a proposta de reforma tributária elaborada pelos secretários de Fazenda dos estados traz “soluções relevantes, importantes e decisivas” para que se possa ter convergência e aprovação. Segundo ele, a união dos estados em torno de um texto aumenta a probabilidade de um novo sistema tributário passar no Congresso.

O texto, apresentado hoje, será levado ao Congresso em forma de emenda à proposta que tramita atualmente na Câmara, de autoria do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) e do economista Bernard Appy. “A base é a mesma da PEC 45 (Baleia Rossi), mas eles trazem soluções relevantes, importantes, decisivas […]. Relator certamente vai aproveitar grande parte da emenda”, disse Maia.

Do que foi apresentado pelos secretários de Fazenda, o presidente da Câmara ressaltou o fundo de compensação e de desenvolvimento regional e a questão da transição. “Estou conversando com Paulo Guedes, a gente constrói com o presidente Davi [Alcolumbre] uma solução utilizando os recursos do fundo social que o governo federal já cedeu aos Estados e municípios”, explicou.

Sobre o período de transição, o presidente da Câmara destacou que é um tempo menor que o previsto na proposta que tramita atualmente na Casa – que, na visão de Maia, estava “muito longa” “Agora, com dez anos, se dá efetividade maior para a simplificação tributária no Brasil.”

Na proposta dos estados, serão dez anos em que o sistema conviverá com seis impostos – os que serão unificados (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) e o novo, IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). Depois disso, serão ainda mais dez anos que garantem que nenhum estado tenha perda real na receita da arrecadação. Na proposta de Baleia Rossi, a mudança ocorreria em uma transição de 10 anos até a unificação e em 50 anos até a compensação de eventuais perdas de arrecadação de Estados e municípios.

Nova CPMF

Maia também voltou a falar das dificuldades que aparecerão se o governo apresentar proposta com a sugestão de criação de uma “nova CPMF”. “Eu não acho, pela indicação dos deputados, que superar a rejeição a CPMF seja uma coisa simples, no Brasil de hoje. De fato, reações foram muito contundentes da dificuldade da CPMF”, garantiu.

O presidente da Câmara disse também achar que nos próximos dias o governo deve enviar sua proposta ao Congresso, assim como apresentar, através de algum senador, a atualização do Pacto Federativo.

*Com Estadão Conteúdo

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