Maior fraudadora do INSS, Jorgina de Freitas morre aos 71 anos no Rio de Janeiro

Ex-advogada integrou grupo que desviou mais de US$ 600 milhões da previdência e havia realizado uma série de cirurgias plásticas para não ser reconhecida

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2022 22h15
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO - 10/06/2010 Jorgina de Freitas Jorgina de Freitas é considerada a maior fraudadora do da história do INSS

A Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias confirmou nesta quinta-feira que a ex-advogada Jorgina de Freitas, de 71 anos de idade, faleceu na última terça-feira, 19, no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes. Conhecida por ser a maior fraudadora da história da Previdência Social, a mulher encontrava-se internada desde dezembro, após sofrer um acidente de carro. Segundo informações da pasta enviadas à equipe de reportagem da Jovem Pan, Jorgina sofreu um politraumatismo com grave traumatismo craniano após o capotamento de seu automóvel. Durante seu período de internação do hospital, a moça realizou uma traqueostomia, mas havia pouca resposta dos estímulos sensitivos. Dois dias atrás, a paciente apresentou hipotensão que antecedeu uma parada cardiorespiratória.

Em 1992, Jorgina foi condenada por liderar um grupo que organizou um esquema de desvios de verbas de aposentadorias e fraudou mais de US$ 600 milhões – ou R$ 2 bilhões, segundo a Advocacia-Geral da União. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a condenou a 14 anos de prisão, mas a mesma permaneceu foragida até 1997, após ser encontrada na Costa Rica. Extraditada, passou a cumprir a pena em fevereiro de 1998 e teve seu registro da Ordem dos Advogados do Brasil cassado em 2001. Em 2010, sua sentença foi declarada extinta e o alvará de soltura foi expedido.

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