Major Olimpio: ‘Um dos pilares de credibilidade do governo chamava-se Sergio Moro’

Para o senador do PSL, as manifestações do ex-ministro da Justiça ao anunciar sua demissão foram ‘contundentes e preocupantes’

  • Por Jovem Pan
  • 24/04/2020 14h11 - Atualizado em 24/04/2020 14h20
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Agência Senado/Reprodução Major Olimpio discursa na tribuna do Senado O senador Major Olímpio (PSL-SP)

O senador Major Olimpio (PSL-SP) disse, em entrevista à Jovem Pan, no início da tarde desta sexta-feira (24) que as manifestações do agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, são “contundentes”. Para o parlamentar, Moro era “um dos pilares de credibilidade do governo”.

“Confesso que fiquei bastante preocupado com o conteúdo manifesto pelo Sergio Moro para justificar sua saída, questões que são muito graves para ele, como ministro da Justiça e o homem que colocou o Brasil dentre os países que tem a preocupação com o combate à corrupção”, disse.

Moro anunciou sua demissão na manhã desta sexta durante coletiva de imprensa e alegou que sofreu “pressões políticas” pela troca no comando da Polícia Federal (PF). Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro queria um nome próximo. Ele ainda afirmou que soube da exoneração de Maurício Valeixo, diretor-geral da PF, por meio do Diário Oficial da União.

Para Major, a “fritura” de Moro não era novidade. “O presidente se incomodava com a visibilidade do ministro Moro. Sentíamos o presidente incomodado com a credibilidade e visibilidade de Moro”, alegou. O senador ainda destacou que o mesmo processo vem acontecendo com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Um dos pilares de sustentação e credibilidade chamava-se Sergio Moro e o outro é Paulo Guedes. Guedes era o posto Ipiranga do governo e foi alijado desse tal plano Marshall apresentado pela Casa Civil”, disse. Ao avaliar quedas de Mandetta e, agora de Moro, Olimpio ressalta o momento enfrentado pelo país.

“Tivemos a saída dolorida do ministro Mandetta, agora do Sergio Moro, e ainda temos essa fritura de Paulo Guedes, que me preocupa demais porque podemos ter um abalo ainda maior no visão do mundo sobre a economia brasileira, além de estarmos enfrentando uma pandemia”, disse.

Ele ainda afirmou que não apoiaria um eventual pedido de impeachment de Bolsonaro, mas defendeu a apuração dos fatos narrados por Moro ao anunciar sua demissão.

Assista à íntegra da entrevista: 

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