Membros do PCC são presos por suposto envolvimento em eleição no interior de São Paulo

Ao todo, cinco pessoas foram presas com drogas, equipamentos eletrônicos e até mesmo material de campanha de vereador que era advogado do crime organizado

  • Por Jovem Pan
  • 09/11/2020 13h38
PMESP/Reprodução Reprodução/Facebook Mandados foram cumpridos com auxílio do Gaeco [imagem de arquivo]

A Polícia Militar de São Paulo e o Ministério Público do estado cumpriram na manhã desta segunda-feira, 9, sete mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão contra integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) por suspeita de envolvimento nas eleições municipais da cidade de Ribeirão Preto, no interior do estado. De acordo com o MP, 13 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão foram emitidos. Desses, dois mandados de prisão não foram cumpridos: o de Luma Valéria Rovagnollo e Wesley Apdo Eugênio Silva. Os dois são considerados como foragidos da Justiça.

As investigações descobriram que membros do PCC tinham relação com a campanha de um advogado criminal que já atuou como defensor do crime organizado na cidade. Eles impulsionariam a candidatura desse advogado com influência local e também por meio da internet. Durante as investigações, o MP descobriu também que uma mulher presa anteriormente por associação ao crime organizado também pretendia concorrer ao cargo de vereadora da cidade usando o slogan “Paz, Justiça e Liberdade”, similar ao usado pela facção. A suspeita, porém, não teve candidatura deferida pela justiça eleitoral e por causa disso não foi alvo de nenhum mandado.

Os presos não tiveram identidade revelada pelo MP, mas, segundo o órgão, além do candidato a vereador, policiais militares suspeitos de beneficiarem o grupo e outros membros da facção foram alvo dos mandados. Drogas, armas brancas, veículos, aparelhos eletrônicos e materiais de campanha foram apreendidos. Agora, mais investigações são realizadas e os suspeitos podem responder pelos crimes de organização criminosa armada, tráfico de drogas, associação ao tráfico e corrupção ativa, podendo ter penas que variam entre 2 e 12 anos de prisão.

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