Mendes admite “eleições atípicas” e culpa segurança pública por casos de violência
Em entrevista exclusiva à Rádio Jovem Pan na manhã deste domingo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, comentou sobre os recentes casos de violência envolvendo candidatos nas eleições de 2016. O ministro admitiu que o pleito deste ano tem sido “atípico”, mas disse que o problema é estrutural – e não específico do sistema eleitoral brasileiro.
“De fato, essas eleições estão se revelando um tanto quanto atípicas com relação à violência. O que tendo a pensar é que houve uma piora da segurança publica do Brasil como um todo. Estamos vivendo um quadro de criminalidade muito grande, que se reflete no quadro eleitoral. Não se trata apenas de um acirramento político. Nós temos é que nos preocupar com a segurança pública como um todo“, afirmou Mendes, durante o contato exclusivo com a Rádio Jovem Pan.
Três casos de violência envolvendo candidatos políticos chamaram a atenção nos últimos dias: a onda de ataques promovidas por bandidos em São Luís, no Maranhão; o assassinato do presidente da Portela e candidato a vereador do Rio de Janeiro Marcos Falcon (PP); e o atentado que provocou a morte do candidato à Prefeitura de Itumbiara José Gomes da Rocha (PTB).
Neste domingo, antes mesmo da abertura dos locais de votação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já registrava ocorrências em diferentes localidades do Brasil. No primeiro boletim divulgado pela Corte, até as 7h30, três ocorrências envolviam candidatos – duas delas resultaram em prisão.
Um candidato em Passo de Torre, Santa Catarina, e um candidato no município de Tupã, São Paulo, foram presos por divulgação de propaganda. A Bahia também registrou uma ocorrência de boca de urna por candidato, mas o caso não resultou em prisão.
“Até o momento, o dia está transcorrendo normalmente. Tivemos esses incidentes no Rio de Janeiro, em Itumbiara e em São Luís, e tomamos todas as medidas que estavam ao nosso alcance. A votação está transcorrendo em um clima de normalidade”, garantiu Gilmar Mendes.
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